Jorginho aponta erro do Palmeiras e isenta Love por derrocada de 2009
O ano de 2009 certamente ainda está na memória do torcedor palmeirense. E, obviamente, não de uma forma positiva. Naquela temporada, o Alviverde liderou a maior parte do Campeonato Brasileiro e chegou a abrir 11 pontos para os rivais, mas caiu de produção após as chegadas dos badalados Muricy Ramalho e Vagner Love e acabou não ficando sequer com uma vaga na Copa Libertadores.
O melhor momento do Palmeiras na competição foi com Jorginho Cantinflas, que assumiu interinamente após a demissão de Vanderlei Luxemburgo e comandou a equipe por sete jogos. Ele segurou a bronca enquanto a diretoria buscava um novo técnico e conseguiu um desempenho de campeão: cinco vitórias, um empate e só uma derrota (76% de aproveitamento), para o Goiás, um dia depois de o clube anunciar a contratação Muricy.
O ex-técnico são-paulino — que recentemente havia sido tricampeão brasileiro com o Tricolor — fez a sua estreia no banco de reservas na 15ª rodada, em 29 de julho, contra o Fluminense. A partir daí, foram 24 partidas com o novo técnico e um aproveitamento bem abaixo do que clube e torcida esperavam: 47%, com nove vitórias, sete empates e oito derrotas.
Além de Muricy, quem também reforçou o elenco durante o Campeonato Brasileiro foi Love. Ele estreou na 23ª rodada, marcando gol na vitória sobre o Grêmio Barueri, e fez 12 jogos, com cinco tentos. Mas o rendimento do time com ele (na vaga do paraguaio Ortigoza) e Obina no ataque caiu, e o Palmeiras acabou deixando o título nas mãos do Flamengo. Mais que isso, o Alviverde não pegou nem uma vaga na Libertadores - terminou o Nacional em quinto.
Em conversa com o UOL Esporte, Jorginho Cantinflas isenta Love de culpa na derrocada do time - apesar das críticas de torcedores - e alega que faltou planejar como o atacante, que havia chegado do CSKA, da Rússia, poderia ser melhor aproveitado na equipe.
"O problema não foi o Vagner. O que aconteceu? Ele só não podia ter entrado da forma que entrou pra resolver o problema. Você tem que entender que, quando repatria um jogador que está jogando com -30º, campo sintético, uma forma de treinar e jogar totalmente diferente do brasileiro, você traz o cara pra 30º, ele percorreu 60º entre frio e calor, veio treinar em campo natural, uma forma diferente de jogar, e você vai culpar o cara? E lá ele estava preso, não tinha pagode, batuque, barzinho, p... nenhuma, dez anos lá fora, louco pra ver as loirinhas dando brecha, você vai segurar o cara como?", questionou o técnico, hoje sem clube.
"Traz o cara, senta com ele, faz um plano de treinamento... Ele vai treinar primeiro, não vai jogar. Lá fora, os caras fazem isso. A direção e o treinador precisam ter peito: 'Não, ele não vai jogar assim, ele vai primeiro se adaptar'. 'Ah, mas vou trazer um cara pra jogar dois, três meses'? 'Vocês não queriam o melhor? O melhor estava lá fora, nós trouxemos, só que tem que se adaptar. Se eu colocar e ele for mal, vocês vão arrebentar o cara. Vai jogar o dinheiro aplicado todo fora'? Alguém tem que ter raciocínio", acrescentou.
Para Jorginho, que virou auxiliar-técnico de Muricy, a sequência de desfalques acabou sendo prejudicial ao time, que sentiu falta de alguns titulares.
"Ainda perdemos Pierre, Maurício Ramos, Cleiton [Xavier], e começou... Quem vai colocar pra jogar? Complicou. O torcedor pegou o Vagner Love, questionou... E as pessoas não admitem o quanto erraram no projeto. Acho que não foram hábeis para poder segurá-lo um pouco mais e fazer um planejamento de treinamento para que ele pudesse, mais adiante, depois que se adaptasse aos treinamentos e ao Brasil, voltar a ser atleta", analisou.
Mas quem errou no planejamento? Diretoria de futebol ou comissão técnica? Jorginho respondeu: "Tem que ser um contexto. Tudo tem que ser bem explicado. Se o treinador não tiver o respaldo da direção, como é que ele vai fazer? Quem paga é o presidente".
Pediu pra sair?
Em recente entrevista ao UOL Esporte, o presidente do Palmeiras na época, Luiz Gonzaga Belluzzo, disse que Jorginho lhe pediu a contratação de Muricy. "O Jorginho é uma figura incrível, muito legal, e um dia ele me disse: 'Presidente, por favor, traga o Muricy. Se eu perder esse campeonato, vou ser surrado'", contou o ex-mandatário alviverde.
A reportagem perguntou a Jorginho se o pedido realmente aconteceu, justamente desta forma, mas o técnico preferiu não contestar a versão de Belluzzo. "Eu não vou nunca desmentir meu presidente. Se ele falou, eu devo ter falado [risos]", brincou o treinador, que contou a sua versão da história desde a demissão de Vanderlei Luxemburgo.
"Eu fui convidado numa sexta-feira, eram umas 23h, quase 0h. Era o Toninho [Cecílio, diretor de futebol] querendo que eu fosse para a Academia por volta de 0h e pouco. O Vanderlei já tinha ido, e conversei com o Gilberto [Cipullo, vice de futebol] e com o Toninho. Perguntei bem claro: 'Sou eu quem vou comandar o time ou vocês que vão fazer o time e eu vou ficar na frente do campo? Porque se for isso eu não quero. Tenho minhas convicções, minhas ideias, não via o Palmeiras treinar'... Ele falou: 'Pode ficar tranquilo que é você quem vai treinar o time'", disse.
"O doutor Gilberto disse: 'Só que tem um detalhe. Você vai ficar interino e vamos procurar um treinador mais experiente'. E eu falei: 'Ótimo, combinado, até porque eu estou começando'. E ele acrescentou: 'Nós temos um plano de carreira pra você. Você fica como interino até a hora que der, depois fica como auxiliar durante uns dois ou três anos e assume o Palmeiras e vai embora'. 'Perfeito'. E as coisas foram acontecendo, muitíssimo bem. Os jogadores entenderam o que eu queria. E eles não conseguiam acertar com um treinador", recordou.
"Eles [diretoria e Muricy] conversaram durante a semana, não deu certo, e no outro fim de semana, que nós ganhamos do Santo André, eu ia no programa da Gazeta. Quando eu estava pra sair, o Toninho me parou e falou: 'Jorge, nós vamos acertar com um treinador entre hoje e amanhã. Daria pra você não ir ao programa? Porque se acertarmos e você ir ao programa, pode ficar ruim'. 'Por mim, melhor ainda, não tenho que dar satisfação de nada. Só que vocês falem porque não posso ir'. E nisso eles acertaram. E na segunda-feira, o Toninho falou: 'Nós acertamos'. E eu: 'Que legal. É o Muricy mesmo?'. 'É sim'. 'Vocês vão falar pra eles'? 'Não, só vamos falar quando voltarmos do jogo do Goiás'. 'Toninho, fale agora, melhor porque senão vão ficar sabendo pela imprensa e vai dar problema'. O que aconteceu? Souberam pela imprensa e o Toninho teve que ficar comigo até de madrugada, ficamos com os jogadores pra que eles entendessem que o que estava acontecendo já estava planejado", contou.
O que aconteceu em relação à vinda de outro treinador [Muricy Ramalho] já tinha sido combinado"
"Eles [jogadores] queriam que eu permanecesse. O pensamento que eu tinha de futebol era o mesmo que eles tinham. Estava dando certo e eles falaram: 'Poxa, vai ter que vir outro cara que vai ter que nos conhecer para depois dar certo'? E alguns deles achavam o Muricy muito bravo. E como eu fui atleta do Muricy eu falei, 'não tem nada a ver'. Conheceram, ficaram amigos do cara... Só que machucou muita gente. O que aconteceu em relação à vinda de outro treinador já tinha sido combinado", explicou Jorginho.
"Eu era muito jovem para pegar o Palmeiras"
Jorginho Cantinflas ainda engatinhava na carreira de técnico quando assumiu o Palmeiras interinamente. Mesmo sem muita experiência, ele conseguiu dar ao time um padrão de jogo e conseguiu resultados expressivos no tempo em que esteve no comando, como uma vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo em pleno Maracanã, com gols de Diego Souza e Ortigoza.
Mas Jorginho não se arrepende de ter cumprido o que foi combinado e não ter insistido para permanecer como técnico. E ele explica o porquê.
Se tivesse conquistado o Brasileiro, talvez a cobra seria maior do que eu poderia suportar"
"Eu era muito jovem pra pegar o Palmeiras. Se tivesse conquistado o Brasileiro com o Palmeiras, talvez a cobra seria maior do que eu poderia suportar. E isso é uma coisa que eu também aprendi. Graças a Deus, tenho um conhecimento muito bom de futebol. Talvez alguns resultados em alguns clubes não tenham me ajudado, mas o que eu penso de futebol é o que dá resultado, mas eu tenho que ter tempo. Tempo, bons jogadores, um bom ambiente de trabalho, remuneração em dia... Se não tiver essas coisas, você não consegue", disse.
E, apesar de ter assumido o comando logo depois da saída de Luxemburgo, Jorginho recorda que teve tempo para treinar o time, uma vez que o Palmeiras tinha sido eliminado da Libertadores - para o Nacional-URU - e não participou da Copa do Brasil devido ao conflito de datas.
"Eu tive tempo. Eu tinha a semana para trabalhar na maioria dos jogos. Nós tínhamos ficado fora da Copa do Brasil e da Libertadores. Quando você tem semanas pra trabalhar... Nós jogamos domingo contra o Santos [1 a 1 na Vila Belmiro, pela oitava rodada] e eu fui jogar no domingo à noite contra o Avaí [3 a 0 na Ressacada]. Depois quarta, domingo e só o outro fim de semana. Quando é assim você consegue dar descanso, trabalhar e melhorar as convicções de suas ideias dentro da cabeça dos jogadores. O time era bom. Não era excepcional, mas era bom", opinou.
Barcelusa: "era gostoso demais"
Depois do Palmeiras, Jorginho passou por Goiás e Ponte Preta até chegar à Portuguesa. E foi lá onde fez o grande trabalho de sua carreira. Ele assumiu a equipe em fevereiro de 2011 com o clube em meio a uma enorme turbulência, não só em campo, mas principalmente fora dele. Mas a boa relação com a Lusa - onde se formou como jogador - fez o técnico controlar a situação.
Com tudo encaixando da melhor maneira possível, o time conquistou o acesso na Série B com rodadas de antecedência e ainda ganhou um apelido que até hoje é lembrado não só pelos torcedores rubro-verdes, mas por todos amantes do bom futebol: Barcelusa. Jorginho virou Jorgiola; Edno ficou Lionedno Messi; Ananias virou Ananiesta, e Marco Antônio era Xavi Antônio.
"Era gostoso demais", recorda o técnico sobre o período de sucesso da Barcelusa. O apelido, segundo ele, não foi problema. "No começo era assim: 'Os caras estão de sacanagem, achando que nós somos o Barcelona? Brincadeira, né'? Depois, os meninos pegaram e não subiu à cabeça. Eles gostavam daquilo porque era gostoso. Eu nem me preocupei", contou.
Culpa pelo rebaixamento: "erro brutal meu"
O encanto que existiu na Série B de 2011, porém, acabou no ano seguinte. Sem as mesmas peças e o futebol apresentado na Segundona, o time decepcionou no Campeonato Paulista e acabou rebaixado. Quase dez anos depois, Jorginho entende melhor o que acontece, e assume a culpa.
"No ano seguinte, eu não entendi que aquele time foi único. Saiu muita gente, estrategicamente importante, como o Ananias, Marco Antônio, que era o pilar, o cara pensante, o Ferdinando machucou, perdi meu segundo capitão que era o [Marcelo] Cordeiro, que machucou as costas, e demorei pra descobrir que o Raí não era mais lateral esquerdo, tinha que ter jogado sempre na segunda linha e eu deveria ter colocado o Ivanzinho... E eu insisti com o Raí, e ele não tinha condição de marcar ninguém. E eu querendo que eles jogassem igual ao Brasileiro... Foi um erro brutal meu. Não subiu à cabeça dos meninos, mas subiu a minha", reconheceu.
O rebaixamento e, principalmente, o mau relacionamento com um diretor na época fez Jorginho tomar uma dura decisão: pedir demissão, um ano após encantar o Brasil com a Barcelusa.
"Eu me desiludi com algumas coisas, da diretoria, e pra eu não brigar com a pessoa, eu preferi sair. Porque eu não sou só de discutir, comigo briga é vias de fato. O cara vai falar merda, eu não vou deixar e o galo vai cantar. Eu preferi sair. Porque eu iria ter problema de relacionamento com pessoas e eu preferi sair. Não era com o Seu Luís Iaúca, que é meu padrinho, mas era uma pessoa importante e eu preferi sair. Eu saí depois que caiu", contou.
"Mas esse erro foi meu mesmo, porque eu queria fazer o time jogar igual e não era assim. Eu não tive tempo, os jogadores foram chegando faltando uma semana pra competição, ou durante, eu não tinha mais jogadores com as mesmas características, e é difícil quando você não tem isso. Os jogadores demoraram muito pra se condicionar fisicamente", recordou.
"Juventus-SC jogou como a Portuguesa"
O último trabalho de Jorginho foi no Juventus-SC, e o saldo foi positivo. O modesto time surpreendeu no Campeonato Catarinense, eliminou o Figueirense nas quartas de final com direito a goleada por 4 a 1 no Orlando Scarpelli e só parou na semifinal, diante do Brusque.
"O Juventus conseguiu mais do que todos esperavam. Futebol não tem milagre. Se você der tempo ao tempo, pessoas certas, trabalho bem feito, a chance é grande. Nós tivemos 40 dias pra treinar antes da competição, os meninos são gente boa, bons profissionais, e as coisas aconteceram. Arrumamos um sistema legal, as coisas foram encaixando e foi dando certo. E fomos atropelando alguns times grandes lá, fizemos um trabalho bom", afirmou.
"Toda vez que tive tempo de me organizar, procurar jogadores com as características que eu acho que é gostoso de jogar futebol, e me deram tempo de trabalho, as coisas andaram", acrescenta o técnico, que diz ter recebido elogios dos próprios torcedores rivais no torneio.
"A gente estava jogando contra o Avaí, e começaram a me chamar na numerada atrás do banco. 'Caraca, já vão me encher o saco'. Estava 1 a 1. Nosso time massacrando o Avaí. Aí, o torcedor: 'Jorginho, olha aqui'. 'Eu vou olhar, se ele falar alguma coisa eu mando ele tomar naquele lugar'. Quando eu virei ele me fala: 'como é gostoso ver seu time jogar, parabéns'. Me quebrou as pernas, eu fui pro banco rindo. Realmente era gostoso ver jogar, e o respeito que a gente conquistou diante dos adversários. Quando classificamos entre os oito, ninguém queria pegar. 'Os caras têm medo'. Medo do que? Nós somos simples, só gostamos de jogar pra frente", disse.
"E nós jogamos praticamente igual à Portuguesa, mas porque os meninos aceitaram 40 dias de trabalho intenso, de aceitar as ideias... Pra mim, os melhores jogadores do mundo são os meus. Só que eles têm que provar isso. E a única forma de fazer isso é se impor. E eles entenderam. Foi muito gostoso", acrescenta o técnico, que não comanda mais o Juventus. "Como não tem nada, nenhuma competição, eu fiquei fora. Mas tem chance de eu voltar".
Mais 'light' e em busca de novo clube
Jorginho hoje está mais 'light', como ele mesmo diz. Aquele cara carrancudo e respondão ficou no passado, e hoje ele tenta transmitir essa nova imagem para voltar a ganhar uma chance entre os principais clubes do Brasil.
"Se eu tivesse entendido certas coisas, hoje estaria melhor. Não aceitava certas coisas... Hoje eu tento compreender. Não que aceite. Mas tento compreender, pela situação do futebol, do clube, e consigo equilibrar as ações e viver bem com os dirigentes, com os empresários e com os atletas. Hoje eu tô mais light, mais experiente. É difícil eu entender algumas coisas com o conceito que eu tenho de vida, foi difícil, tive que apanhar muito para entender", analisou.
"Hoje se o cara me perguntar alguma coisa que eu não goste eu vou falar: 'realmente você tem razão, vou olhar direito o jogo pra te dar uma resposta mais completa'. Hoje eu estou muito mais experiente para poder dar a resposta. Mesmo nervoso, eu vou dar a resposta tranquilo, e aí eu vou ter mercado, coisa que está difícil porque os caras tinham medo de levar, por causa disso. Eu não tinha papas na língua. Hoje estou mais tranquilo. Você vai entendendo que a sua forma de ser e o que você gosta não vai dar pra ser colocado em prática", acrescentou.
"Estou aprendendo a respeitar umas coisas. Você termina fazendo uma cagada. Não quero mais. Não quero que amanhã saia uma matéria em que eu sentei o pau em todo mundo. Quero que falem bem do futebol, porque ele é gostoso, é saudável, e quando se joga bem, é muito prazeroso de ver", disse Jorginho, que se diz mais 'adaptável' também dentro das quatro linhas.
"Depois de muitos anos tomando porrada porque eu era muito bocudo, hoje estou mais tranquilo. Muitas das vezes, o que quero fazer nos times não dá. Você tem que tentar alinhar o que você entende que é bom dentro da realidade que o clube pode te dar", opinou.
Em busca de um novo trabalho, Jorginho quer apagar a imagem que ficou na cabeça de alguns dirigentes, empresários e até jogadores. E crê em seu potencial para, quem sabe, voltar a fazer trabalhos memoráveis como foi no Palmeiras e, principalmente, na Portuguesa.
"Será que não tenho condições de estar entre os 40 melhores treinadores que trabalham no país? Tenho que lutar por isso. Minhas armas são pequenas; não tenho empresário de nome, não tenho ninguém que tenha poder financeiro e patrocine um time e me leve... O que faz é o meu trabalho, minha forma de ser. E como bati muito lá atrás, as pessoas tinham um certo medo de mim, tenho um pouco dessa dificuldade, de poder voltar ao mercado", disse.
"Um clube veio me procurar e foram atrás pra ver se eu estava mais tranquilo. Se você me fizesse uma pergunta que eu achasse idiota, eu ia te responder 'idiotamente'. Hoje, não. Mesmo se a pergunta não for a devida, vou relaxar e te passar uma resposta que seja mais agradável para os seus ouvidos", finalizou.
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