Comitê italiano veta liberar estádios com 25% de público
O Comitê Técnico-Científico (CTS) do governo da Itália, grupo criado para orientar e definir linhas técnicas no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), vetou a liberação para que os estádios do país recebam público em até 25% da sua capacidade.
Segundo uma nota oficial, "não existem no momento condições" para permitir a ampliação do público tanto em eventos em espaços abertos ou fechados. O comunicado foi divulgado após uma reunião do CTS que analisou uma proposta enviada pelo Ministério da Saúde criada em parceria com a Conferência das Regiões e das Províncias Autônomas.
Por isso, a recomendação é manter o limite atual de mil pessoas para áreas abertas e de 200 para locais fechados seguindo as regras vigentes "de reserva e marcação antecipada de assentos, o rigoroso respeito às medidas de distanciamento físico de ao menos um metro, a higienização das mãos e o uso de máscaras".
Segundo os especialistas, a Itália ainda vive "a máxima expressão crítica de transmissibilidade do vírus, também levando em consideração a recente retomada do ano letivo, o qual o impacto sobre a curva epidêmica deverá ser objeto de análise em breve".
"Assim, o CTS recomenda que, com base nos atuais índices epidemiológicos e em coerência com o que foi recomendado mais de uma vez, não existem —no momento - as condições para permitir que nos eventos abertos e fechados, a participação dos espectadores nas modalidades indicadas pelo documento da Conferência das Regiões e Províncias Autônomas", pontua o texto.
O grupo esclareceu que deve retomar a análise sobre o aumento da capacidade dos estádios na metade do mês de outubro.
A Itália vem registrando uma alta gradativa nos casos de covid-19 por todo o país desde a reabertura total dos serviços e da indústria. Apesar de ter números ainda baixos na comparação com os vizinhos europeus, as contaminações diárias estão nos níveis do mês de maio - quando o país deixou o lockdown.
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