CBF mostra 9,7 mil testes e defende protocolo para liberar Fla X Palmeiras
Além de apontar descumprimentos de protocolo por parte do Flamengo, a CBF apresentou ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro dados sobre os 9,7 mil testes realizados até ontem no Campeonato Brasileiro, para provar a segurança de seus protocolos e tentar revogar a liminar que suspendeu o confronto de hoje entre Palmeiras e Flamengo. No documento apresentado à Justiça, ao qual o UOL Esporte teve acesso, a confederação ataca o principal ponto da decisão, que considerou que há risco de contaminação para os envolvidos no jogo.
Para provar seu ponto, a CBF abriu resultados dos 9690 mil testes realizados até ontem nas Séries A, B e C do Brasileirão - um total de 236 partidas. No total, foram 182 resultados positivos, o que equivale a 1,9% do total de testados. Na Série A, o índice é o menor dentre as três divisões, com 3896 testes e 51 resultados positivos, uma taxa de positividade de 1,3%.
Segundo o argumento da entidade à Justiça, a taxa de positividade caiu de 5,3% na testagem antes da primeira rodada do Brasileirão para pouco mais de 0% antes da décima rodada. Isso indicaria que não tem ocorrido transmissão entre equipes durante as partidas da competição, risco apontado pela liminar de ontem.
Para reforçar a tese, a CBF apresenta dados de diversos confrontos que envolveram equipes que tiveram um número alto de testes positivos. Os jogos são de diversas divisões, do futebol masculino e feminino. Dentre as equipes masculinas analisadas estão CSA, CRB, Guarani, Ypiranga, Brusque e Londrina; das femininas, Minas Brasília, São Paulo e Audax.
A análise pega os clubes que tiveram um número alto de resultados positivos e acompanha os testes ao longo das próximas duas ou três partidas, mostrando que não há contaminação dos adversários nesses confrontos, ou dos funcionários que trabalham nos jogos.
O último exemplo é o próprio jogo entre Flamengo e Indepediente Del Valle, sob responsabilidade da Conmebol. A CBF aponta que o clube equatoriano enfrentou o Flamengo e teve apenas um teste positivo divulgado cinco dias após o confronto, o que corroboraria a tese de que a contaminação cruzada durante os jogos de futebol é rara.
Isso reforçaria o segundo argumento da confederação, de que o Flamengo sofre com um surto de covid-19 por não ter seguido à risca os protocolos estabelecidos, como publicado ontem pela reportagem.
A liminar que suspendeu o jogo entre Palmeiras e Flamengo foi concedida a pedido do Sindeclubes, sindicato que representa funcionários de clubes do Rio de Janeiro. Ainda ontem, o Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj) entrou com uma segunda ação, também pedindo o adiamento do confronto. A CBF tenta reverter a situação antes das 16h de hoje, horário previsto para a partida, que aconteceria no Allianz Parque.
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