Flu vê problema no ataque sem Evanílson e fica refém de Nenê e bola parada
Nenê pode até fugir do fardo de artilheiro no Fluminense, mas as estatísticas mostram um Tricolor refém de seus gols e da bola parada. Sem Evanílson, a "Nenedependência" do ataque da equipe de Odair Hellmann ficou ainda mais acentuada.
Da estreia no Campeonato Brasileiro contra o Grêmio até aqui, contabilizados os jogos contra Figueirense e Dragão pela Copa do Brasil, o Tricolor marcou 17 gols, sendo 10 de Nenê e Evanílson. Dos sete restantes, que teve ainda "sorte" com dois gols contra — um do Athletico e outro do Atlético-GO.
"Não acredito nisso de "Nenedependência" não. É uma coisa natural a gente ficar preocupado em render, o time render sem mim. Contra o Athletico, por exemplo, fizemos um grande jogo e eu não estava. Contra o Sport, fizemos um grande jogo também, mas faltou a bola entrar. Nós temos muitos jogadores de qualidade, totalmente competentes para também fazer a diferença, e espero que, quando eu não estiver, eles façam", opinou o meia em coletiva na terça-feira (22).
O problema é que, sem a dupla, ninguém mais passou de um gol. Cinco jogadores balançaram as redes: Luccas Claro, Digão, Wellington Silva, Dodi e Fred. E apenas os últimos três foram de bola rolando. A bola parada foi responsável por oito dos gols, contando um dos gols contra que beneficiaram o Tricolor no período.
Nenê, artilheiro da equipe no ano com 17 gols, é responsável por mais que um terço das bolas que o Fluminense colocou na rede adversária em 2020 (se excluídos os gols contra), mas sua idade avançada traz dúvidas sobre sua utilização em todas as partidas.
Além disso, Marcos Paulo, terceiro que mais marcou pelo Fluminense em 2020, com cinco gols — não marca desde 8 de março — e está de malas prontas para a Europa.
Assim, o Tricolor perde poder de fogo. Luccas Claro, com quatro gols, e Wellington Silva, com três, assumem agora posições no "pódio" de artilheiros da equipe na temporada, o que demonstra a dificuldade da equipe de Odair Hellmann em traduzir a posse de bola, que costuma ser maior que a do adversário, em bolas na rede.
Flu descarta adiamento após surto de covid-19
Apesar de ter tido nove jogadores infectados por coronavírus, o Fluminense não pensa em pedir o adiamento do jogo contra o Coritiba.
Calegari, Luccas Claro, Miguel, Luiz Henrique, Marcos Paulo, André, Luan, Martinelli e Nascimento testaram positivo em exames que tiveram os resultados divulgados hoje (26). Na última quinta-feira, a equipe do técnico Odair Hellmann encarou o Atlético-GO, no Olímpico, em Goiás, pela Copa do Brasil.
O Tricolor se baseia no que indicou o Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que aponta que se o clube tiver um número mínimo de 13 jogadores em condições de atuar, o time tem de ir a campo.
A cúpula do Flu ressalta ainda que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já manifestou que não se pode adiar o jogo porque tal regra foi definida pelos clubes. Assim, o Tricolor entende que, neste caso de adiamento de jogo, a competência é da justiça desportiva e da CBF.
Anteriormente, o elenco tinha apresentado três casos: Nenê, Wellington Silva e Fred.
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