Justiça nega liberdade para ex-corintiano Piá, acusado de furto
"Tamanha a periculosidade concreta da conduta". Foi assim que a Justiça de São Paulo justificou a negativa do pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-jogador Piá, preso em flagrante em maio passado, acusado de furtar R$ 8 mil dentro de envelopes de depósitos de caixas eletrônicos de dois bancos de Cordeirópolis, cidade no interior do Estado — 158 km da capital.
O ex-meia de Corinthians, Ponte Preta e Santos continua preso em Limeira (SP), junto com seu suposto comparsa, identificado como Humberto de Oliveira Leite. Essa é a segunda tentativa de ganhar a liberdade negada pela Justiça. A primeira aconteceu algumas horas após ter sido detido, durante audiência de custódia online. A última, no entanto, foi negada no dia 15 deste mês.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, em 23 de maio, os dois foram monitorados por câmeras de segurança de duas agências bancárias de Cordeirópolis. Após levantarem suspeitas de funcionários, a Guarda Municipal foi até o local, o ex-jogador e o outro suspeito foram detidos com R$ 143 em dinheiro e cheque no valor de R$ 8.386,77.
"Mantenho a prisão preventiva daqueles que estão nesta condição no processo. Não existem nos autos argumentos capazes de superar as premissas da decisão que determinou a segregação cautelar. Além disso, não se constata qualquer alteração do estado de fato ou de direito que autorize sua revisão. Sem prejuízo dos argumentos lá desenvolvidos, que ficam ora ratificados e incorporados, a medida continua sendo adequada, necessária e proporcional, notadamente se considerada a periculosidade concreta demonstrada pelo indivíduo, e a existência de indícios suficientes de autoria da prática de crime que autoriza a prisão preventiva", afirmou o juiz José Henrique Oliveira Gomes.
Essa não é a primeira vez que o ex-jogador é detido acusado desse tipo de crime. Piá, hoje com 46 anos, retirou-se dos gramados definitivamente em 2011 e, após a aposentadoria, começou a ter problemas com a Justiça.
A primeira prisão, que durou 21 dias, data de 2014, após ser indiciado por tentativa de furto em um caixa eletrônico de Campinas. Em abril de 2015, Piá foi preso em flagrante em Americana cometendo o mesmo delito. Quatro meses depois, foi pego tentando "pescar" envelopes em um banco de Bauru.
Na decisão que negou sua liberdade, o magistrado afirma ainda que ter endereço fixo ou suposto trabalho lícito não afasta as sérias consequências individuais e coletivas do fato supostamente cometido pelo jogador, como foi defendido pela defesa.
"Não é razão para revogação da prisão preventiva alguma demora no encerramento da instrução se, como se observa, não pode ela ser atribuída ao juízo, senão à própria complexidade do procedimento processual penal", argumentou.
Com essa nova decisão, o ex-jogador só poderá solicitar uma nova avaliação em novembro. O UOL Esporte entrou em contato com a defesa de Piá, mas o escritório responsável preferiu não se manifestar sobre os questionamentos.
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