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Estádio, Dudu, caso Fla: a lista de Luxa para explicar Palmeiras sem brilho

Vanderlei Luxemburgo admite que o Palmeiras não está jogando bem - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Vanderlei Luxemburgo admite que o Palmeiras não está jogando bem Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

30/09/2020 04h00

A invencibilidade de 18 jogos (oito vitórias e dez empates) do Palmeiras não satisfaz a torcida, que cobra frequentemente um melhor desempenho do time de Vanderlei Luxemburgo. No domingo (27), após o empate com o Flamengo, pelo Brasileirão, o técnico admitiu que a equipe está longe do que deseja.

Desde que o futebol voltou, em julho, o comandante alviverde repete que continuará trabalhando e tem dado diferentes explicações para atuações abaixo do esperado, longe do brilho sonhado ou visto em anos recentes. Nos últimos dois meses, Luxa citou percalços como a saída de Dudu, a "obrigação" de vencer o título paulista e mais recentemente a indefinição antes do jogo contra o Flamengo.

Hoje, o time recebe o Bolívar (BOL), às 19h15, pela Copa Libertadores, e precisa de um ponto para garantir vaga nas oitavas de final. A cobrança, porém, é para encerrar a sequência de cinco partidas sem triunfo no Allianz Parque — a última vitória ocorreu em 2 de agosto, contra a Ponte Preta, ainda pelo Campeonato Paulista.

Veja abaixo as explicações de Luxemburgo:

Allianz Parque "gelado"

"Vantagem em casa sem torcida é meio complicado. Não é uma coisa só nossa. O torcedor faz muita falta para poder incentivar a equipe, o jogador, uma série de coisas, e o adversário vem aqui, se fecha, fica um jogo meio gelado. Para todo mundo, não só o Palmeiras, é uma realidade no futebol brasileiro e mundial. A pandemia tirou o torcedor do estádio e o jogo fica sem o calor humano que tem de ter o jogo de futebol", disse após o jogo contra o Flamengo.

Dúvida sobre a realização do jogo com Fla

"Vai para o jogo ou não, chegamos e não sabia se o adversário vinha ou não. Você não tem a concentração que precisaria ter para o jogo. Entramos em campo e ficamos esperando o adversário chegar, entrar fora do tempo normal. Isto tudo mexe com os jogadores. É uma pena, porque é um jogo com dois grandes clubes e que tenha acontecido tudo isso", afirmou.

Falta de "malandragem"

"Faltou segurar a bola mais no ataque, não ter a necessidade de querer fazer o segundo gol, tocar mais a bola, ganhar tempo", analisou Luxa, depois de sofrer o empate no fim, contra o Grêmio.

O discurso foi parecido com o do empate com o Bahia, em que também levou o gol nos acréscimos. "Fizemos o que tinha de ser feito, faltou depois do gol segurar a bola na frente. Tivemos chance de fazer o segundo com o Zé Rafael e Luiz Adriano, mas sofrer mais falta na frente, ser mais malandro um pouco, entre aspas", concluiu.

Obrigação de vencer o Paulista

Luxa disse que escolheu montar uma equipe pragmática na reta final do Paulista, pois não poderia perder outra decisão para o arquirrival Corinthians. "Eu tive de tornar a equipe mais fechada, mais feia, mas era importante não perder o campeonato, ainda mais para o Corinthians. Agora vieram dois jogos e não tivemos tempo para treinar. Mas é hora de eu mudar. Eu vou dar oportunidade para o Lucas [Lima], para o Raphael [Veiga], para o time ficar mais leve. Cabe a eles mostrar a capacidade, que podem continuar", ponderou, após a vitória sobre o Athletico.

Pandemia e ausência de Dudu

O trabalho recomeçou após uma paralisação de quatro meses sem Dudu, principal jogador do elenco. Durante a reta final da primeira fase do Paulista, foram diversos testes em busca de um substituto do camisa 7, em um cenário atípico.

"Optei pelo Raphael Veiga. É uma situação que eu ainda estou buscando encontrar, com a saída do Dudu, um jogador para jogar junto com o Luiz Adriano, o Lucas Lima e o Willian. Já foi o Veiga, já foi o Veron, que se machucou, o Scarpa entrou no jogo. Então, vamos buscando uma situação para completar ali", justificou, depois da vitória sobre o Água Santa.

"É muito difícil. A gente disputou a Florida Cup, pré-temporada, jogos de Paulista em sequência, encaixando o time, contratações pré-determinadas que iríamos fazer, dando tiros certos. Aí, 120 dias sem treinar, começando tudo de novo, com 20 dias para treinar é complicado. Saída de jogador. Estamos trabalhando", concluiu, também após o Água Santa.

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