Corinthians e SP travados por eleições podem mudar técnicos? Veja cenários
Corinthians e São Paulo vivem uma situação semelhante. Às vésperas de eleições presidenciais, ambas acontecem ainda em 2020, veem seus treinadores pressionados por momentos de instabilidade na atual temporada. No entanto, preferem, por enquanto, mantê-los antes dos pleitos que definirão novos mandatários para as vagas de Andrés Sánchez e Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, respectivamente.
Dyego Coelho, técnico interino do Corinthians após a demissão de Tiago Nunes, permanece no cargo, mesmo com apenas uma vitória em cinco partidas à frente do time. No São Paulo, Fernando Diniz é mantido à frente da equipe em que pese a sequência de sete jogos sem vencer — cinco empates e duas derrotas — e a eliminação na fase de grupos da Libertadores.
As eleições no Corinthians influenciam o fato de o clube não avançar em busca de um treinador no mercado da bola, já que precisaria encontrar um bom 'nome' que aceite um contrato mais curto, uma vez que o pleito no Alvinegro ocorre em 28 de novembro, e o atual presidente Andrés Sanchez, fica no cargo até o dia 31 de dezembro.
No entanto, é preciso ressaltar que a eleição não é o único fator que evita a troca de técnico. Após demitir Fábio Carille e Tiago Nunes entre 2019 e 2020, a cúpula alvinegra entende que a responsabilidade agora pela fase ruim dos treinadores pertence aos jogadores.
A diretoria alvinegra espera uma resposta dos atletas em campo, pois acredita contar com um elenco bastante qualificado, já que há nomes como Cássio, Fagner, Gil, Cantillo, Jô, Boselli, além dos recém-chegados Otero e Cazares, entre outros.
Por conta disso, Coelho permaneceu no cargo, mesmo com tropeço nos últimos três jogos: derrota para o Sport e empates sem gols contra Atlético-GO e Red Bull Bragantino. A diretoria considera normal um empate em Bragança Paulista, por exemplo, e acredita que muitos times perderão pontos por lá.
Leco estará na presidência do São Paulo até o fim deste ano. Neste período, dá carta branca para que Raí e Alexandre Pássaro dirijam o futebol no Morumbi. A dupla decidiu, após reuniões na manhã de ontem (5), pela permanência de Fernando Diniz no cargo de treinador.
Há um movimento nos bastidores para análise de nomes no mercado da bola — Diego Aguirre, Rogério Ceni, Vagner Mancini e Paulo Autuori aparecem na lista e são avaliados. No entanto, a diretoria ainda tenta encerrar a temporada com o atual comandante, e espera uma melhora no rendimento do elenco. A intenção é evitar uma mácula ainda maior na gestão de Leco, que não conquistou nem um título sequer em cinco anos.
O mandatário não gostaria de encerrar o seu trabalho com um interino no cargo. Outros técnicos teriam que aceitar um contrato curto de trabalho, com no máximo três meses de duração, uma vez que os postulantes ao cargo pretendem seguir uma linha distinta da atual diretoria.
Com o técnico pressionado, o Tricolor paulista ainda estuda o que fazer nos últimos meses de 2020. Ou seja, as eleições interferem diretamente na decisão sobre o futuro do atual comandante.
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