Vice do Inter desiste de concorrer à presidência do clube

Alexandre Chaves Barcellos não irá concorrer à presidência do Internacional. O vice-presidente eleito na chapa de Marcelo Medeiros se manifestou em entrevista coletiva hoje (6) para explicar que desistiu de tentar o cargo máximo no cube.

"Todos sabem que os fatos políticos potencializaram um ambiente de incerteza sobre dispositivos legais que podem ter influência na eleição. Eu sempre sustentei, e sigo sustentando, que a interpretação correta é que alguém que foi duas vezes vice-presidente, mas nunca presidente, poderia ocupar o cargo. Tenho ouvido que algumas pessoas que já compartilharam dessa opinião parecem ter mudado", explicou.

Relacionadas

Inter vê Heitor 'dar conta do recado' e ganha opção para plano de negócios

Escalação do Inter: Zé Gabriel volta e disputa vaga com Rodrigo Moledo

Boletim do Inter: Rodinei volta após Covid-19 e volante é nova baixa

"Embora eu tenha me preparado ao longo desses anos, no clube, na minha família, profissionalmente, passando por diversas áreas do Internacional, desde a direção da categoria Sub-11 até agora a vice-presidência, esses fatos me levaram a me afastar do processo eleitoral", completou.

O ambiente político do Internacional é tenso. A base aliada da atual gestão foi desfeita na saída de Alessandro Barcellos do cargo de vice de futebol. Ele foi acompanhado por uma série de dirigentes de movimentos políticos parceiros. Ontem, o Inter anunciou três substitutos e não irá conduzir alguém ao posto de vice de futebol.

"Jamais pretendi ser presidente com obtenção ou derrubada de liminares. Por isso tomei esta decisão de me afastar como protagonista do pleito. Sempre priorizei os interesses do clube e jamais colocarei vaidades em detrimento do clube. Por fim, confio muito no presidente Marcelo Medeiros, que escolherá alguém da confiança dele para concorrer. Temos grandes nomes em condições de disputar a eleição e vou apoiar a escolha dele", disse.

Alexandre ainda desenhou um ambiente nocivo nos bastidores do Inter. Segundo ele, a queda de desempenho do time reflete os conflitos internos evidentes no processo eleitoral em meio a temporada.

"A decisão foi precipitada pelo rompimento de nossa aliança, que durava desde antes do nosso primeiro mandato. O ambiente político tem atrapalhado o Internacional. Esta ruptura não foi benéfica para o clube. Um grupo que vinha junto há três anos e meio se rompe a 90 dias da eleição", avaliou.

O primeiro turno do pleito presidencial do clube está marcado para 25 de novembro. A situação irá apresentar seu candidato, provavelmente, até o dia 13 deste mês.

Alexandre segue como vice-presidente e promete se aproximar ainda mais do futebol para evitar que as disputas internas tenham influência no campo.

"Eu e o presidente estamos constantemente no futebol para blindar completamente o vestiário do processo sucessório. Estarei ainda mais presente para que possamos terminar o ano com os melhores resultados de campo", explicou.

"Me sinto, obviamente, frustrado. Eu tinha me preparado ao longo dos três últimos anos para isso. Organizado um processo na minha vida", disse. "Costumo falar a verdade, há litígios internos, brigas, ambiente político ruim, clima pesado. E é com ambiente político apaziguado que se tem mais chances de êxito", finalizou.