Capitão do Bragantino é filho de ídolo do Inter e encara time pela 1ª vez

Às 21h (de Brasília) de hoje, Léo Ortiz viverá uma situação diferente na carreira. Terá pela frente o Internacional, clube pelo qual iniciou carreira e com o qual tem ligação familiar. Hoje capitão do Red Bull Bragantino aos 24 anos, o zagueiro mostra amadurecimento e vive sua melhor fase. A partida desta noite é válida pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro e será disputada no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).

"O Inter sempre será um clube importante pra mim. Foi lá que abriram as portas para mim e onde eu dei os meus primeiros passos na carreira. Meu respeito e gratidão serão eternos, mas acredito que, hoje em dia, encaro como mais um jogo importante pra nós. É um confronto contra um excelente time. Precisamos vencer em casa para sair de uma zona incômoda na tabela e que não demonstra o que estamos apresentando em campo", disse Ortiz ao UOL Esporte.

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Cria da base do Colorado, ele subiu ao time principal em 2017 e chegou a ser titular já no primeiro ano na equipe de cima. Foram 31 jogos naquela temporada. O clube, porém, vivia um ano complicado com a então inédita Série B no calendário.

A ligação ao time do Beira-Rio não ficou apenas no início de sua carreira, mas também na família. Léo é filho de Ortiz, ex-jogador de futsal e ídolo da torcida do Inter pelos feitos na modalidade. O pai trabalhou, inclusive, nas categorias de base do clube até 2019.

"Meu pai é ídolo do Inter e isso nunca mudará. Por mérito dele, conquistou esse status e é algo espetacular, que todo atleta almeja, e ninguém poderá tirar isso dele. Mas ele torce pela minha alegria e pela felicidade da nossa família. Sempre me apoia demais e, dessa vez, não é diferente. Isso não muda em nada o que ele sente pelo Inter", falou.

Depois de 2017, Ortiz foi emprestado ao Sport e ao Bragantino, clube pelo qual hoje possui vínculo definitivo. Com 24 anos, ele é jogador mais jovem a utilizar com frequência a braçadeira de capitão nas equipes da Série A. A boa fase, com quatro gols em 25 jogos, evidencia o amadurecimento e o melhor momento da carreira.

"Fico feliz em poder ajudar o clube. Isso significa que o trabalho está sendo bem feito e com constância, mas prefiro não dizer que estou no ápice, pois sempre podemos melhorar e é isso que diariamente eu busco. Claro que, se eu for olhar pra trás e analisar a minha trajetória, sei que hoje sou um jogador muito mais maduro, tanto dentro como fora de campo. Hoje, talvez, esteja vivendo meu melhor momento, sim", analisou.

Aproveitamento no Inter

Ortiz tem por característica ser um zagueiro de boa saída de bola. Passes que quebram a linha rival, lançamentos que encontram jogadores bem posicionados no campo de ataque. Exatamente as características que o Inter prioriza em seus defensores hoje em dia. O perfil que agradaria o técnico Eduardo Coudet, porém, não é algo que ele goste de pensar neste momento.

"Prefiro não pensar a respeito disso. O que posso dizer é que os zagueiros do Inter têm muita qualidade, são grandes jogadores e estou muito feliz e adaptado aqui no Bragantino. Além disso, no nosso time também tem essa característica de sair jogando com a bola dominada de trás", disse.

O zagueiro também prefere não imaginar como poderia ter sido melhor aproveitado no clube de Porto Alegre.

"Difícil falar sobre isso. Era uma época complicada para o clube e não gosto de ficar preso no passado. Tive bons e maus momentos e todos me fizeram amadurecer demais como jogador. Estou muito feliz aqui e focado em alcançar os grandes objetivos que o Red Bull Bragantino aspira", completou.

Sondagens e futuro

Com vínculo até 2024, Ortiz é repetidamente alvo de sondagens e especulações sobre transferências para o exterior. Porém, o mercado da bola é assunto "para as férias".

"Já fiquei sabendo de algumas sondagens, sim, e isso me deixa feliz porque é gratificante ver que há clubes europeus te monitorando. Isso valoriza o meu trabalho e eu preciso continuar com essa constância, mas essas questões fora de campo eu tento não me intrometer muito, principalmente quando estamos disputando alguma competição. Nas férias, sim, que eu procuro saber mais e analiso as opções, mas eu prefiro deixar isso nas mãos das pessoas que gerenciam a minha carreira. Eles sabem quais são meus objetivos e não gosto de tirar o foco do meu dia a dia", contou.

"Os meus planos são continuar fazendo uma boa temporada e seguir ajudando, ainda mais, o Bragantino para a gente conseguir alcançar bons resultados e conquistar os nossos objetivos coletivos", finalizou.