Como Douglas convenceu Tite em 10 min e complicou vida de Arthur na seleção
A principal surpresa na escalação da seleção brasileira que enfrenta a Bolívia hoje (9), às 21h30, pela primeira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo do Qatar-2022, será o volante Douglas Luiz. Aos 22 anos, ele foi formado no Vasco, comprado pelo Manchester City em 2017 e, atualmente, atua pelo Aston Villa, vice-líder do Campeonato Inglês com três vitórias em três rodadas — inclusive, com direito a uma goleada por 7 a 2 contra o atual campeão, Liverpool.
Douglas Luiz será escalado como segundo volante alinhado com Casemiro, posição dominada por Arthur no ano passado — o atleta da Juventus não foi convocado desta vez por Tite. Ele venceu a disputa por uma vaga com Bruno Guimarães, que está pela primeira vez na seleção principal.
Esta será a segunda vez de Douglas, que jogou dez minutos contra a Coreia do Sul, em novembro de 2019. Mas, no que depender do nível de treinamentos e da expectativa criada na comissão técnica, o camisa 8 veio para ficar. E Arthur terá trabalho para reconquistar a confiança.
Segundo Tite, Arthur não foi convocado para as duas primeiras rodadas das Eliminatórias porque foi "prejudicado pelo momento". O treinador citou um longo período de inatividade entre a saída do Barcelona e a contratação pela Juventus, o que é fato. Ele reforçou em mais de uma oportunidade no anúncio da escalação que não há motivo disciplinar no veto ao nome de Arthur na lista.
Porém, o histórico recente de Arthur é motivo de atenção dentro da comissão técnica, especialmente a transferência turbulenta, quando desrespeitou o protocolo do clube catalão contra a Covid-19 e abandonou os treinos, além de um episódio em agosto, quando sofreu um pequeno acidente de carro e teve detectado um índice de álcool superior ao permitido na Espanha no teste do bafômetro.
Agora na Juventus, o volante formado no Grêmio tem recebido atenção especial do técnico Andrea Pirlo, mas jogou só uma vez na temporada.
Enquanto isso, Douglas Luiz se firma. Ele encantou a comissão técnica no Torneio de Toulon, em 2019, quando foi titular, capitão, craque e campeão do torneio de base, e por isso começou a receber chances no time principal.
É uma felicidade muito grande estar na seleção, é difícil encontrar palavras para descrever esse momento, que é de alegria minha e da minha família. Eu saí do Vasco muito jovem, mas, desde aquela época, o Tite já vem me acompanhando, comentou que foi um jogo lá em São Januário contra o Atlético-GO, que eu me destaquei, e ele fez o acompanhamento dele. É minha segunda vez aqui e espero fazer um trabalho maravilhoso.
Caso Douglas Luiz se firme na posição e Arthur reconquiste a confiança e volte a ter chances, quem pode se dar mal é Bruno Guimarães. Por um fator: o Lyon, seu time, não disputa nem a Liga dos Campeões da Europa nem a Liga Europa nesta temporada, então sua amostragem será em cenários menos competitivos do futebol francês. Allan, recém-chegado ao Everton, é outro postulante à posição, mas corre por fora.
Hoje, a chance está nos pés da aposta que convenceu em dez minutos.
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