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Athletico brecou reconstrução e mudou rumo do Inter no ano passado

Bruno Guimarães e Rony defendiam o Athletico-PR na decisão da Copa do Brasil do ano passado - Lucas Uebel/Getty Images
Bruno Guimarães e Rony defendiam o Athletico-PR na decisão da Copa do Brasil do ano passado Imagem: Lucas Uebel/Getty Images

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

11/10/2020 04h00

Muitas coisas na vida do Inter poderiam não ter acontecido não fosse o Athletico Paranaense. Rival de hoje (11), às 20h30 (de Brasília), no Beira-Rio, o Furacão cruzou o caminho do Colorado na final da Copa do Brasil de 2019, ganhou e brecou a reconstrução do clube.

Depois de cair para Série B, o Inter estabeleceu que era um clube em reconstrução. O processo para voltar a figurar como protagonista tinha passos definidos e que vinham sendo atingidos paulatinamente. Primeiro, voltar para elite, em seguida se estabelecer no campeonato e atingir vaga para próxima Libertadores. Depois, voltar a conquistar títulos.

Foi na terceira etapa que o Rubro-Negro apareceu. O Inter não conquistou a Série B de 2017, mas subiu em segundo. Em 2018 teve um ano acima do esperado, se firmou na Série A e garantiu regresso à Libertadores. E em 2019 a meta era erguer ao menos uma taça.

A derrota na final do Gauchão nos pênaltis após dois empates com o Grêmio não foi considerada catastrófica. O Tricolor havia conquistado a Libertadores recentemente e vivia um momento reconhecidamente superior ao Colorado. A queda na Libertadores para o Flamengo também, apesar de dura, foi compreensível pelo poder de investimento do clube e a fase bem avançada da competição (quartas de final). Mas a Copa do Brasil estava perto.

Ainda mais depois que o Grêmio caiu na semifinal exatamente para o Athletico. A torcida se encheu de esperanças, que virariam decepção. A equipe do Paraná venceu em casa por 1 a 0 e foi firme no Beira-Rio. Saiu vencendo, sofreu empate, não se desestabilizou e marcou, no fim do jogo, o gol decisivo. Placar de 2 a 1 e título perdido em casa para o Inter.

Lotado, o Beira-Rio foi do apoio ao protesto. Depois do jogo houve atos de vandalismo na área externa do estádio. A reclamação na mesma medida da empolgação que havia.

A partir dali, tudo mudou. A reconstrução foi interrompida. O time jamais se recuperou e — depois de oscilar também no Brasileiro — a direção optou por demitir Odair Hellmann. Jogadores considerados importantes, como Nico López e Rafael Sobis, perderam status e acabaram deixando o clube posteriormente.

Foi depois da derrota na final da Copa do Brasil que teve início o projeto para contratação de Eduardo Coudet, o plano para mudança do estilo de jogo do Inter, e tudo que hoje está em andamento no clube. O elenco foi reformulado, as ideias alteradas.

Não será a primeira vez que os times vão se enfrentar depois da decisão. Pelo Brasileiro de 2019, então treinado por Zé Ricardo, o Colorado empatou com o Furacão em casa. O Rubro-Negro, aliás, não perde para o Inter há quatro jogos.

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