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Rodrygo cita Zidane e Sampaoli para desenvolver virtude que Tite aproveita

Atacante do Real Madrid atuou mais de 30 minutos como ponta aberto pela direita do ataque da seleção - Lucas Figueiredo/CBF
Atacante do Real Madrid atuou mais de 30 minutos como ponta aberto pela direita do ataque da seleção Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

11/10/2020 15h34

Primeira troca de Tite na estreia da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo, o atacante Rodrygo está em alta com o treinador. Os 5 a 0 contra a Bolívia na sexta-feira (9) representaram só o terceiro jogo do nome mais jovem da convocação, aos 19 anos, mas mostraram que ele está apto na briga por uma chance como titular - na Neo Química Arena, substituiu Éverton Cebolinha logo aos 13 do segundo tempo.

De acordo com Rodrygo, a manutenção de seu nome na lista de convocados se deve à uma adaptação do próprio jogo: no Real Madrid, ele tem atuado como ponta-direita, uma posição que na seleção dispõe de jogadores com características diferentes das dele, à exceção de Cebolinha.

"O Zidane facilita, sim, por me colocar mais na direita. Desde quando eu estava no Santos com o Sampaoli eu comecei a me adaptar para jogar na direita, porque eu sempre joguei pela esquerda, e quando eu coloquei na cabeça que teria mais oportunidades jogando dos dois lados foi importante para mim. No Real Madrid eu tenho jogado mais pelo lado direito", fala o camisa 21 da seleção, antes de completar:

"Claro que ainda estou nesse processo me acostumando, tentando melhorar, por ter jogado na base e no profissional na esquerda, mas acho que me dá mais opções poder jogar dos dois lados e quando quiserem no centro, isso me dá bastante opções no Real Madrid e na seleção."

Antes de Tite ajustar Cebolinha ao lado direito do ataque, Rodrygo concorria com Gabriel Jesus e Richarlison, que são menos afeitos ao um contra um, profundidade e velocidade que ele dá. Já na esquerda, a concorrência era com Neymar e com o próprio Éverton, que têm o recurso do drible. Por isso, a adaptação no Real Madrid ao lado direito coloca o ex-santista em vantagem na briga. Outro elemento que ele próprio menciona como preponderante é o poder de finalização.

"Eu tenho uma boa finalização, chuto bem, anda mais depois que eu fui para o Real Madrid. Treinamos bastante finalização, eu tenho evoluído a cada dia e isso me dá muitas oportunidades dentro do jogo, de poder chutar de fora da área ou sair de cara a cara com o goleiro e confiar na minha finalização. O Tite disse que não adianta ter a bola o jogo todo se não fizer os gols, então temos que transformar a posse em chances de gols para matar quando for preciso. Me dá muitas possibilidades dentro do jogo ter uma boa finalização e é algo que eu procuro melhorar cada vez mais", diz o jovem de 19 anos.

Agora, Rodrygo disputa espaço para a segunda rodada, terça-feira (13), contra o Peru, às 21h, em Lima: "Sabemos como é a concorrência no ataque da seleção. É uma das melhores posições, onde tem mais gente, sei o quanto é importante entrar bem no jogo, participar, fazer o que ele [Tite] me pediu nos treinamentos. Espero dar continuidade nesse trabalho para vir mais vezes e ser frequente minha convocação na seleção."