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Além da arbitragem, Grêmio vê erros infantis e mostra incômodo após queda

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

12/10/2020 04h00

A reclamação de Renato Gaúcho sobre arbitragem foi o principal assunto após a derrota para o Grêmio por 2 a 1 para o Santos, ontem (11), pela 15ª rodada do Brasileiro. Mas não foi tema isolado. O treinador citou "erros infantis" e ainda esteve presente um claro desconforto com a queda de rendimento na competição.

Portaluppi falou forte e até em tom de ameaça ao comando de arbitragem da CBF. O treinador lamentou a ação do árbitro de vídeo e se dirigiu nominalmente ao chefe do departamento, o ex-árbitro Leonardo Gaciba.

Mas, além disso, citou falhas que não deveriam ser cometidas por seu time. Em poucas palavras, avaliou a derrota no litoral paulista.

"Cometemos erros infantis que proporcionaram a derrota. Mas é um papo que já tive e continuarei tendo com grupo entre quatro paredes. O Grêmio não começou bem, depois se achou no jogo. Chegamos ao empate, ficamos melhor que o Santos, e tomamos um gol logo em seguida. Poderíamos ter tido uma sorte maior no fim do jogo, mas não atingimos o objetivo", lamentou Portaluppi.

Renato estava claramente desconfortável, algo natural para o momento que sucedeu uma derrota. Mas não apenas pelo tropeço fora de casa, e também pelo contexto do Brasileirão. O Grêmio está longe das primeiras posições e ainda não conseguiu vencer dois jogos seguidos uma vez sequer.

Entre frases curtas e análises rápidas, o treinador justificou suas opções e disse que irá avaliar a condição dos retornos de Geromel e Kannemann para o próximo compromisso, contra o Botafogo, quarta-feira.

Enquanto isso, a direção não quer definir foco nas Copas. Por mais que o time ainda não tenha "decolado", como prometeu Portaluppi, há esperança que isso ocorra rapidamente.

"Temos foco no Brasileiro e vamos lutar, como temos lutado. Tenho certeza que subiremos na tabela", afirmou o diretor de futebol Celson Matte.

O ambiente desconfortável também foi facilmente percebido nas palavras de Maicon. Ainda no campo, deixando o gramado após a derrota, o capitão cobrou coragem de seus colegas e uma mudança de postura para que os resultados voltem a acontecer.

"É dentro de campo. É complicado vir aqui e falar porque muitas pessoas interpretam de forma diferente o que queremos expressar. Mas eu sempre cobro, e falo aqui o que falo para eles (jogadores) lá dentro (do vestiário). Temos que ter atitude, coragem para jogar. Estamos vestindo uma camisa de um time que nos últimos anos fez grandes campeonatos e conquistou muitos títulos. Nosso torcedor vai cobrar isso", disse.

Com 17 pontos na classificação, o Tricolor está dois à frente da zona de rebaixamento e 13 atrás do primeiro colocado.

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