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Tite promete manter base, mas não quer "municiar" Gareca com escalação

Após golear a Bolívia, técnico espera "adversário mais forte em circunstâncias mais fortes" - Buda Mendes/Getty Images
Após golear a Bolívia, técnico espera "adversário mais forte em circunstâncias mais fortes" Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

12/10/2020 14h36

A escalação da seleção brasileira para amanhã (13), às 21h, contra o Peru, pela segunda rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, será revelada apenas horas antes de a bola rolar no estádio Nacional de Lima. O técnico Tite diz que já definiu os 11 titulares e a base será a mesma que goleou a Bolívia na sexta-feira (9), mas preferiu não formar o time em entrevista coletiva realizada hoje (12), em São Paulo.

"Temos uma série de atletas de alto nível. A escalação já está montada, os atletas sabem desde ontem. As ideias permanecem, mas não quero municiar o Gareca [Ricardo, técnico da seleção peruana]. Quando tu troca característica de um atleta já traz uma diversidade", disse Tite, indicando que a equipe provavelmente terá mudanças para o próximo compromisso.

Weverton; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro e Douglas Luiz; Éverton Cebolinha, Philippe Coutinho e Neymar; Roberto Firmino foi a escalação contra a Bolívia. Tite fez cinco alterações na ocasião, com as entradas de Felipe (no lugar de Thiago Silva), Alex Telles (Renan Lodi), Everton Ribeiro (Philippe Coutinho), Rodrygo (Cebolinha) e Richarlison (Firmino).

Cléber Xavier, auxiliar técnico da seleção, também participou da conversa com jornalistas e explicou a estratégia para enfrentar o Peru: "Entramos para esse jogo conhecendo o Peru de dois enfrentamentos na Copa América, amistoso e também as Eliminatórias passadas. E conhecendo trabalhamos em cima de nossa estratégia ofensiva e também de trancar o adversário. O Gareca é um treinador há cinco anos na seleção fazendo um belo trabalho, mas estamos preparados."

Tite completou.

É um grau de dificuldade superior ao que enfrentamos [contra a Bolívia], mas estou pensando em repetir desempenho, que a seleção jogue muito, mas tem que ser dura, dificuldade ao adversário ao máximo, se possível não tomar gol e traduzir isso em vitória."

"São dois fatores que temos que analisar: a atuação individualmente do Brasil foi acima da minha expectativa, confesso. Então, o segundo ponto, relativizar que a Bolívia não tinha qualidade técnica e física como a nossa. Tudo bem, mas o grau de expectativa da Bolívia era fazer bom jogo, perder de pouco, seria bom para eles. Nós carregamos a responsabilidade de fazer um bom resultado. Passado isso o desafio é diferente contra uma equipe de nível técnico e físico superior, mas vamos buscar repetir padrão. Vamos enfrentar um adversário mais forte em circunstâncias mais fortes", disse.