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Tite vê Neymar "cada vez melhor" e aprova poder de reação do Brasil no Peru

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

13/10/2020 23h58

Com três gols marcados, Neymar foi o grande destaque da vitória por 4 a 2 da seleção brasileira sobre o Peru, hoje (13), pela segunda rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. O jogo no estádio Nacional de Lima levou o camisa 10 brasileiro ao posto de segundo maior artilheiro da história da Amarelinha, à frente de Ronaldo, e rendeu elogios do técnico Tite em entrevista coletiva após o fim do jogo.

"O que eu posso dizer é que Neymar tem a imprevisibilidade, ele é arco e flecha, dá a assistência e a finalização. Está cada vez melhor e com um grau de maturidade cada vez maior (...) Neymar é um jogador que procuramos dar a bola no setor mais importante do gramado, próximo dos volantes adversários, porque ali ele é criativo, tem a finta. Não faz drible para malabarismo, faz para ir para o gol, para desequilibrar", disse o treinador, questionado se vê Neymar como segundo jogador mais importante da seleção pós-Pelé.

Eu não tenho condições de precisar isso, vamos colocar assim: cada momento histórico da seleção, cada geração, tem seus próprios valores. O Ronaldo é extraordinário, Rivaldo, Romário, Bebeto, são todos extraordinários, cada um no seu momento. É injusto fazer comparativos nas etapas de cada um."

Em campo, a seleção brasileira teve desvantagem no placar duas vezes. Carrillo fez o primeiro gol aos 5 minutos do primeiro tempo, Neymar empatou aos 27. Renato Tapia fez o segundo dos peruanos aos 13 da etapa complementar e Richarlison deixou tudo igual seis minutos depois. Ao alcançar a igualdade duas vezes é que o Brasil marcou mais dois com Neymar, aos 37 e 48.

"Jogar contra o Peru é sempre um grau de dificuldade grande, o histórico mostra, jogar aqui e se impor é difícil, ainda mais com a pressão de sair com o resultado negativo. Mas foi bom, eu queria que a equipe mantivesse o nível de concentração e buscasse construir a vitória. Estávamos melhores quando tomamos os dois gols e reagir em cima disso é difícil. Conseguimos", elogiou o treinador brasileiro, que elogiou o equilíbrio da seleção na construção da vitória.

"O Parreira [ex-técnico da seleção] fez uma entrevista sábia, dizendo que toda vez que nos concentrarmos para tomar a bola teremos muito mais tempo com a posse, que hoje foi de 67% na casa do Peru. Você fica com a bola, consequentemente tem possibilidades maiores de criar, como foram as nove finalizações. Não adianta só posse de bola, mas ser vertical, agressivo, procurar o gol, não tocar de lado, ser objetivo, é esse o equilíbrio buscado."