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Barça quer cortar 30% de salários e caso pode parar na Justiça, diz rádio

Josep Maria Bartomeu, presidente do Barcelona, ao lado de Lionel Messi; negociação por redução de salários causa polêmica no clube - Handout / FC BARCELONA / AFP
Josep Maria Bartomeu, presidente do Barcelona, ao lado de Lionel Messi; negociação por redução de salários causa polêmica no clube Imagem: Handout / FC BARCELONA / AFP

Do UOL, em São Paulo

14/10/2020 09h44

Em processo de negociação com funcionários e jogadores, o Barcelona encontra resistência para chegar a um acordo para redução de salários no clube, informou a rádio Cadena Ser em notícia repercutida pelo jornal AS.

De acordo com a publicação, a intenção da diretoria catalã é reduzir em cerca de 30% os vencimentos por causa da perda de receita decorrente da pandemia do novo coronavírus. Porém, um acordo com representantes está longe, o que pode levar a disputa para um tribunal.

A reportagem indica que o Barcelona estabeleceu o dia 22 de outubro como data limite para uma posição final sobre o tema. Se um acordo não for alcançado, existe a possibilidade de uma redução unilateral.

Neste cenário, a rádio diz que a tendência seria de uma disputa judicial, uma vez que a comissão de trabalhadores do clube (540 trabalhadores não desportivos) considera uma redução nestes termos inadmissível. A folha de pagamento deste setor não representa sequer 3% do orçamento da entidade.

Já em relação ao elenco, a rádio diz que um advogado trabalhista foi contratado para tratar da situação. Os jogadores acreditam que as negociações devem ocorrer de forma separada em relação a outros setores do clube.

O Barcelona registrou um prejuízo de 97 milhões de euros (cerca de R$ 641 milhões) em seu relatório financeiro anual, divulgado na última semana.

As contas do Barça mostram uma queda de 14% na receita em relação ao ano anterior e a duplicação de sua dívida líquida para 488 milhões de euros.

A queda se deve principalmente à proibição de venda de ingressos por causa da pandemia do novo coronavírus e a diminuição da receita em merchandising e visitas a estádios e museus.

O clube decretou um corte temporário de 70% nos salários no final de março no auge da pandemia, que durou o período do estado de alarme nacional da Espanha, encerrado em junho.

*Com informações da agência Reuters.

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