Grêmio 'se encontra' com o retorno de Maicon. Como manter nível sem ele?
O Grêmio venceu o Botafogo, mesmo com um jogador a menos durante quase toda a etapa final, e teve Pepê protagonista na partida de ontem (14) à noite ao fazer dois gols. Mas Maicon, de volta após recuperar ritmo em rodadas anteriores, foi fiador da atuação. Com passes curtos, lançamentos e dinâmica, o camisa 8 ajudou o time a se encontrar — voltar a jogar com estilo de posse e dominação. O problema é que a presença dele está se tornado menos frequente.
Maicon participou de 22 dos 38 jogos do Grêmio na temporada. Os 57,8% representam apenas duas das cinco partidas do Tricolor na Copa Libertadores e sete em 15 no Campeonato Brasileiro. Ou seja, é recorrente a ausência em duelos importantes.
Diante do Botafogo, Maicon acertou 90% dos passes. Venceu todos os duelos que disputou, encaixou sete bolas longas das dez que tentou e foi um dos que mais tocou na bola no jogo. O mapa de calor do camisa 8 no duelo mostra de forma bem clara tudo isso.
Centralizado, como indica o tom mais avermelhado do recurso visual, ele orquestrou a equipe. Acelerou com passes rápidos, cadenciou com opção aos colegas e posse.
Os dados do site SofaScore, especializado em estatísticas, constroem em forma factual o que é imaterial: influência. Além de acertar passes, de ser objetivamente um pilar do jeito de jogar do Grêmio atual, Maicon agrega experiência ao time. No Gre-Nal mais recente, ficou no banco de reservas, mesmo com poucas condições físicas. Esteve lá para eventual necessidade, para entrar e injetar moral.
No último domingo (11), depois da derrota para o Santos, fez cobranças públicas aos colegas.
"Acho que a gente precisa ter esse tipo de jogador no grupo, é um dos líderes para cobrar os próprios companheiros. E aí entra meu recado ao torcedor, pedindo paciência. O Grêmio tem grupo muito forte. E sempre que eles entram em campo, passo confiança e coragem", elogiou o treinador Renato Gaúcho.
Mas e quando Maicon não jogar? A pergunta tem sido feita várias vezes no CT do Grêmio. Sem ele, o time recorreu a Lucas Silva, Darlan. Até Robinho mais recuado. Nem de longe conseguiu atuações que atendam às ideias de jogo dos últimos anos.
Matheus Henrique tem sido orientado a reproduzir funções de Maicon. Mais ofensivo, o camisa 7 ainda não conseguiu ser tão influente quanto o mentor e colega de função. O tripé de volantes montado em duelos recentes foi outra saída tentada. Deu certo em termos de resultado, mas não em rendimento.
Sem Maicon, o Grêmio muda. E vai continuar mudando. Por simplesmente não ter como fazer o que sabe e gosta. Na próxima rodada, diante do São Paulo, sábado (17), no Morumbi, o camisa 8 deve atuar.
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