Bastidores: Flu entra na Justiça contra acusações de 'caso Live Sorte'
O Fluminense se envolveu em polêmica no último final de semana após acusações do intermediário Diego Pérez de supostas "rachadinhas" no departamento comercial do clube. Após duas notas oficiais atacando responsáveis e o "Blog do Paulinho", que veiculou a notícia, o Tricolor interpelou judicialmente os responsáveis pela inclusão do nome da instituição em disputas comerciais no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com a nota oficial expedida hoje (16) no site do clube, a terceira sobre o caso, o presidente Mário Bittencourt solicitou que seja agendada reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para informar aos conselheiros sobre as providências que o Flu irá tomar após as acusações.
O mandatário se antecipou a alguns conselheiros que já se reuniam para convocar o encontro para pedir explicações sobre a confusão entre empresários e intermediários que cita diretamente o Tricolor.
Entenda o caso 'Live Sorte'
Pérez acusa um funcionário do departamento comercial, Kevis Georgakopoulos, de intermediar a cobrança de comissões elevadas para funcionários do Fluminense para o clube fechar um contrato de exibição de QR Code na transmissão de Fluminense x Flamengo pela final da Taça Rio.
Intermediário da negociação da Live Sorte — empresa que faz inserções comerciais em lives no YouTube, com ênfase no mercado da música sertaneja —, ele teria sido deixado de lado do negócio firmado por Renato Ambrósio, dono da empresa, com o clube. Em áudios disponibilizados pelo "Blog do Paulinho" cuja veracidade foi confirmada pelo UOL Esporte, o empresário afirma ter pago R$ 1 milhão ao Fluminense.
Em mensagens printadas por Pérez e divulgadas pelo blog, entretanto, Ambrósio cita "1550", valor que seria R$ 1,55 milhão, justificando, com a diferença, o pagamento de propina de 20% do montante para funcionários "desde o Presidente até o faxineiro". Além disso, alega que o acordo foi fechado sem contrato e que o pagamento antecipado foi feito em dinheiro vivo por meio de um carro-forte — o que depois, voltou atrás —, e que duas empresas de marketing, a FENG Brasil e a Golden Goal, já seriam intermediárias do negócio.
O Fluminense nega todas as acusações e expôs fotos da minuta do contrato -- sem mostrar as assinaturas, entretanto -- e da operação bancária feito no dia seguinte no valor de R$ 1 milhão, na conta do clube.
Nesta semana, de acordo com o site "Netflu", Diego Pérez registrou queixa na Polícia Civil do Rio de Janeiro contra Renato Ambrósio, citando o Fluminense e mantendo as acusações feitas no "Blog do Paulinho". Além disso, Antonio Gonzalez, vice de futebol do Flu nos anos 90 e conselheiro nas últimas gestões, que foi acusado de pedir propina na transação por ter intermediado o contato de Pérez com o clube, também registrou ocorrência na Cidade da Polícia.
Confira a nota oficial do Fluminense:
"O Fluminense informa que deu entrada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com os pedidos de interpelação criminal dos Srs. Renato Ambrósio e Diego Vallory Pérez, ambos responsáveis pela inclusão indevida do nome do clube em contenda comercial entre ambos que nada tinha a ver com o Fluminense, com larga divulgação em sites e blogs sensacionalistas que usam a marca do clube para ganhar audiência.
O clube, no cumprimento de seu dever para com sócios e torcedores, exige nas ações que os responsáveis esclareçam os fatos para bem da verdade, sem prejuízo da responsabilização cível ou criminal que resultar de tais interpelações.
O clube prepara ainda outras ações no sentido de reparar o dano sofrido por aqueles que agiram, mesmo que indiretamente e sob o disfarce da informação pública, para colocar a imagem da instituição em inaceitável constrangimento.
O caso, como já explicado anteriormente, se resumiu a uma venda de espaço publicitário em transmissão de jogo, negociada diretamente com a empresa contratante do espaço, após tomadas todas as cautelas legais, inclusive quanto à garantia do recebimento dos valores devidos.
Embora os Srs. Ambrósio e Perez já tenham desmentido e tentado se retratar de sua desastrada e irresponsável ilação quanto a ilegalidades cometidas pelos funcionários do clube, o Fluminense entende que tal ato deve ser esclarecido no âmbito da Justiça, de forma a não pairar dúvidas sobre a conduta dos funcionários e sobre a responsabilidade daqueles que os acusaram.
O clube esclarece ainda que o Presidente Mário Bittencourt, no uso de suas atribuições como presidente do Conselho Diretor do Fluminense, solicitou, na noite de ontem, que seja agendada reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para informação aos conselheiros sobre as citadas ações de interpelação, demais providências judiciais contra os que tentaram se aproveitar da desinformação sobre o caso para manchar a reputação da instituição e detalhes adicionais do caso que já estão sendo apurados e que deverão ser objeto de exame do Conselho."
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