Felipão se espelha em Deschamps e Bielsa para recolocar Cruzeiro na Série A
Muitos perguntam o motivo de o técnico Luiz Felipe Scolari ter aceitado o convite para treinar o Cruzeiro, clube que passa por fortes problemas financeiros e ocupa as últimas posições na tabela do Campeonato Brasileiro da Série B. O próprio Felipão justificou sua escolha e comparou sua árdua missão com trabalhos de companheiros de profissão estrangeiros, como Marcelo Bielsa e Didier Deschamps.
Bielsa assumiu o Leeds United, tradicional clube da Inglaterra, na Segunda Divisão, em 2018. E o treinador argentino fez a equipe inglesa ressurgir e retornar à Premiere League. Já o francês Deschamps retornou com a Juventus à elite do Italiano em 2008, após a Velho Senhora ser rebaixada nos Tribunais.
"O Marcelo Bielsa, grande treinador, assumiu o Leeds na Segunda Divisão do Inglês, levou o time à classificação e faz grande trabalho. Deschamps pegou a Juventus na Segunda Divisão e fez grande trabalho. São clubes que passam por dificuldades, mas que voltam à sua grandeza, com trabalho organizado, com projeto bem feito, como o que me foi apresentado", se espelhou Scolari.
Para Felipão, o Cruzeiro não permanecerá na Série B, pois é um time grande e fará um trabalho diferenciado de recuperação.
"O Cruzeiro é grande e nós todos, com o plano de recuperação, de construção de um novo Cruzeiro, é muito interessante. Vamos trabalhar juntos para que esse plano siga, com conceitos, situação de trabalho. O Cruzeiro, neste momento, é Série B, mas não ficará na Série B. Apenas o momento atual é um pouco diferente e vamos trabalhar para mudar", garantiu.
Felipão, como o UOL Esporte publicou, revelou que a presença dos dirigentes do Cruzeiro em Porto Alegre foi um grande diferencial para convencê-lo a assumir o time celeste pela segunda vez.
"Por telefone é uma coisa, mas tenho de valorizar demais a boa vontade do presidente [Sérgio Santos Rodrigues], do Deivid [diretor de futebol], do [José Carlos] Brunoro [diretor de planejamento], de pegar um avião, virem a Porto Alegre, a gente fazer uma reunião de quatro, cinco horas, e mostrar tudo o que o Cruzeiro pretende agora e nos próximos dois, três anos. Não é uma situação que a gente imaginava, mas em Porto Alegre a gente teve a chance de conversar", explicou.
A questão do carinho e do respeito pelo clube também pesaram para o retorno do comandante, que vai tentar criar uma nova versão da "Família Scolari" na Toca II.
"Sempre voltam aos clubes onde trabalhei porque nos tratamos com muito respeito, admiração, nunca tivemos problemas de relacionamento com as pessoas do clube, os trabalhadores dos clubes, como é o caso do Cruzeiro, Grêmio e seleção brasileira. Como falei, é respeito, amizade, carinho", revelou o novo treinador da Raposa.
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