Felipão terá que contrariar matemática para recolocar Cruzeiro na Série A
De volta ao Cruzeiro após 20 anos desde sua primeira passagem pelo clube, o técnico Luiz Felipe Scolari tem sua reestreia marcada para hoje (20), às 21h30, contra o Operário, no estádio Germano Krüger, pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
E de coincidências em sua reestreia, o treinador quer apenas uma coincidência: o fato de o adversário ser paranaense.
Diferentemente do que aconteceu em sua estreia, derrota por 2 a 0 para o Athletico-PR, no longínquo 30 de julho de 2000, na primeira partida pela Copa João Havelange, Felipão espera alcançar a primeira de muitas vitórias nesta segunda era Scolari em Minas Gerais.
Se em relação ao resultado o treinador quer uma história diferente, ao menos buscará também algo parecido ao que fez em seu último clube, o Palmeiras. É que com o Alviverde, Felipão alcançou ascensão meteórica na Série A do Campeonato Brasileiro, em 2018, e levou a equipe ao título do torneio no fim da temporada.
Pelo Palmeiras naquele ano, Felipão fez campanha quase perfeita, com 16 vitórias e cinco empates em 21 jogos (84,12% de aproveitamento) na Série A, números que deram ao Verdão o título nacional com 80 pontos em 38 rodadas, oito de diferença para o Flamengo, o vice-campeão.
E é uma campanha com este desempenho que o Cruzeiro realmente precisa, não pensando em título, algo distante, mas para voltar à elite do futebol brasileiro, o principal objetivo do ano.
"O Cruzeiro é muito grande e tem um plano de recuperação, de construção de um novo Cruzeiro, muito interessante. Vamos trabalhar para que esse plano seja seguido com os nossos conceitos. Acredito que o Cruzeiro vive apenas um momento de Série B, mas que não ficará por muito tempo. O Cruzeiro é grande e continuará grande. Apenas atravessa um momento diferente e vamos trabalhar para mudar", disse Felipão um dia após ser oficializado como novo treinador da Raposa.
Missão impossível?
Atualmente, os matemáticos apontam que o Cruzeiro tem chances mínimas de subir à Série A nesta temporada. Os números não passam de 1% em grandes portais estatísticos, como o site Infobola, por exemplo. Para o Chance de Gol, a chance é ainda menor: apenas 0,4% de possibilidade de acesso.
Ligeiramente mais "otimista" está o Probabilidades do Futebol, do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que dá hoje 0,65% de chances de acesso ao time celeste.
A missão é de fato complicada. De 2014 para cá, o quarto colocado da Série B variou entre 60 e 65 pontos. Como a pontuação de corte tem essa variação considerável, a Raposa precisará de pelo menos 17 vitórias para garantir a conta da subida de divisão.
Restam 22 jogos, já que 16 rodadas já foram disputadas. O desempenho atual do time celeste é de 27%, número que precisa ser aumentado para 77%, tendo em vista os números dos acessos nos últimos anos, para que o maior objetivo da temporada seja atingido.
O Cruzeiro é atualmente o penúltimo colocado (19º) na Série B do Brasileirão, com 13 pontos, 14 atrás da Ponte Preta, o primeiro a figurar no G-4. Os ex-treinadores do clube não conseguiram emplacar bons trabalhos.
Enderson Moreira atingiu 45,83% de aproveitamento em oito jogos à frente do time (três vitórias, dois empates e três derrotas), enquanto Ney Franco não passou dos 35% (chegou aos 33,3%, com duas vitórias, um empate e quatro derrotas).
A perda de seis pontos por punição aplicada pela Fifa, por causa de dívida do clube com o Al Wahda, dos Emirados Árabes, ainda pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016, gerou penalidade que atrapalha até hoje os planos do clube estrelado.
FICHA TÉCNICA:
OPERÁRIO x CRUZEIRO
Motivo: 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR)
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Diego Pombo Lopes (BA)
Assistentes: Alessandro Álvaro R de Matos e Edevan de Oliveira Pereira (ambos BA)
OPERÁRIO: Thiago Braga; Sávio, Bonfim, Reniê e Fabiano; Mazinho, Marcelo, Clayton e Thomaz (Jiménez ou Lucas Batatinha); Douglas Coutinho e Jefinho (Schumacher). Técnico: Gerson Gusmão
CRUZEIRO: Fábio; Daniel Guedes, Cacá, Ramon e Matheus Pereira (Patrick Brey); Jadsom Silva (Jadson), Filipe Machado, Régis e Arthur Caíke (Maurício); Airton e Marcelo Moreno. Técnico: Felipão
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