Futebol brasileiro vive "escassez de craques", diz Hernanes
Afastado dos jogos do São Paulo por causa de um estiramento na coxa direita, Hernanes participou de uma live nesta quinta-feira sobre os caminhos para uma carreira de sucesso no futebol.
"O futebol está exigindo atletas diferentes", disse, ao responder o olheiro Thiago Recife, que participava da transmissão. "Neto, Marcelinho Carioca, Alex, Rivaldo, eram camisas 10. O jogador com classe, elegante. Hoje a gente vê que não existe mais o 10".
Hernanes avalia que jogadores mais técnicos estão perdendo espaço no futebol moderno. "Ninguém mais joga como 10 fixo. Os meias são tipo volantes, fazem tudo. O jogador [de estilo] romântico perde espaço", completou.
Para ele, os jogadores de meio-campo com mais qualidade eram os que faziam diferença na bola parada. "O Brasil era um celeiro de craques, hoje está mais escasso. É um conjunto de coisas que faz com que infelizmente a gente veja essa mudança".
Fama de ambidestro
Hernanes classifica como um "mito" a fama de ambidestro adquirida por bater bem na bola com os dois pés: "Foi muito treino!", disse. "Só parava de tentar quando conseguia. Com uma perna, com outra. Não tinha dom ou ambidestria, era muito trabalho".
Ele aproveitou o espaço para aconselhar os jovens jogadores que sonham com uma carreira de sucesso no futebol. "Tem que se conhecer e saber o tamanho do objetivo. Não pode ter distração, o futebol tem que estar em primeiro lugar".
"Requer grande força de vontade, percepção, determinação e humildade. Inteligência para eliminar distrações e estar aberto a ouvir pessoas que são referência. Se fizer isso com eficiência, tem uma grande chance de sucesso", finalizou.
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