Cruzeiro faz acordo com a PGFN, reduz dívida e parcela valor em 145 vezes
O Cruzeiro anunciou oficialmente um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e conseguiu amortizar, segundo o presidente Sérgio Santos Rodrigues, quase 50% do valor das dívidas tributárias e fiscais do clube, que atingiam o montante de R$ 334 milhões.
Em pronunciamento publicado hoje pelo próprio dirigente celeste foi explicado que a dívida da Raposa com a União caiu para R$ 178 milhões, valor que será dividido em 60 meses para os débitos previdenciários, e 145 parcelas para os demais débitos.
Em um cálculo "frio", sem acréscimos de juros e correções, as parcelas mensais apontariam para um valor próximo de R$ 1,3 milhão por mês. Entretanto, o Cruzeiro divulgou que no primeiro ano as parcelas mensais terão valor de R$ 350 mil. Após os primeiros 12 meses é que os valores serão aumentados progressivamente. O clube chama o fato de "acordo histórico".
"A gente tem uma notícia boa. Reforçando aquele compromisso da nossa diretoria, de sempre que achamos que a notícia é ruim, sempre temos plano B, C, alternativas. Recentemente foi publicada a decisão de que havíamos sido excluídos do Profut, não ficamos tão tristes, por causa do nosso trabalho paralelo. Anuncio, com satisfação, que a equipe jurídica do Cruzeiro fez um acordo junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e resolvemos essa questão tributária que tanto nos incomodava", revelou o presidente.
Do montante devido pelo Cruzeiro, o valor de parte da venda do meia uruguaio De Arrascaeta ao Flamengo, algo em torno de R$ 10,6 milhões, foi dado como entrada para o pagamento.
Sérgio Santos Rodrigues explicou como será pago o valor milionário que o clube deve à União.
"Aquela dívida que todo mundo perguntava, como pagará os R$ 334 milhões, a gente acabou de fazer um acordo para resolver essa pendência. Além de um grande desconto, a dívida de R$ 334 milhões caiu para R$ 178 milhões, uma economia de R$ 156 milhões, esse valor será pago de uma forma parcelada de maneira que possamos absorver esse custo no Cruzeiro. A gente conseguiu equalizar isso e o problema tributário se encerra, basicamente", falou.
O acordo com a PGFN encerra a onda de bloqueios judiciais que o Cruzeiro estava sofrendo. Foram 33 processos abertos contra o clube. Inclusive, esse acordo também libera a diretoria em outras duas situações: venda da Campestre 2, uma sede social da Raposa que há tempos esta subutilizada, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, e destrava o acordo com a Minas Arena, administradora do Mineirão.
O Cruzeiro tem uma conversa adiantada com a empresa que administra o Gigante da Pampulha para pagar dívida de pouco mais de R$ 19 milhões. O valor anterior sem acordo entre as partes se aproximava de R$ 40 mi. Essa pendência, inclusive, é discutida na Justiça desde a gestão Gilvan de Pinho Tavares na Raposa.
"O balanço desse ano a gente já tira R$ 156 milhões dele. Reforçando o compromisso de resolver os problemas de longo prazo. Agradeço nosso corpo jurídico, o doutor João Paulo, agradeço os procuradores da Fazenda Nacional que sempre nos receberam muito bem, após várias reuniões chegamos nesse acordo. Sem dúvida nenhuma é uma notícia excelente para os nove milhões de torcedores. Estamos cuidando do Cruzeiro com muito carinho", encerrou.
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