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Fla vota parecer que pode até resultar em expulsão de Bandeira de Mello

Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo - Gilvan de Souza/ Flamengo
Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Alexandre Araújo e Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

28/10/2020 11h57

O Conselho de Administração do Flamengo convocou, para o dia 23 de novembro, reunião extraordinária para julgar o parecer da Comissão de Inquérito, relativo à representação contra Eduardo Bandeira de Mello. O processo diz respeito às declarações do ex-presidente quanto ao incêndio no CT Ninho do Urubu e pode, inclusive, gerar a expulsão dele do quadro social.

Em abril, o grupo "Vanguarda Rubro-negra", ala de conselheiros capitaneada por Marcelo Vargas, candidato da Chapa Branca na última eleição presidencial, enviou documento a Bernardo Amaral, presidente do Conselho de Administração. Na carta, cerca de 20 conselheiros signatários classificaram a fala de Bandeira como "inconsequente" e, à época, apontaram que trazia "um prejuízo de grande repercussão negativa para o clube".

Conselho do Flamengo julga parecer de representação contra Bandeira de Mello no dia 23 de novembro - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O "Vanguarda Rubro-negra" se apoiou no estatuto social do clube para defender a abertura de uma investigação. Segundo o grupo, o ex-mandatário teria infringido duas normas estatutárias: "abster-se de usar qualquer meio de comunicação para veicular expressões desonrosas contra o Flamengo, ou os membros de seus Poderes, em campanha eleitoral, ou em razão de suas funções", e "veicular expressões desonrosas, por qualquer meio de comunicação, contra o Flamengo, ou os membros de seus Poderes, em campanha eleitoral, ou em razão de suas funções". O artigo 49 do conjunto de normas do Fla prevê suspensão de até 360 dias ou eliminação.

No fim de abril, Eduardo Bandeira de Mello disse, em uma entrevista ao "Canal do Nicola", que o incêndio no Ninho do Urubu, que vitimou dez atletas da base, não teria acontecido caso ainda fosse o presidente do Rubro-Negro. Ao programa "Fox Sports Rádio", justificou que a afirmação deveu-se ao fato de, ainda em seu mandato, os jovens das categorias de base já utilizarem o antigo centro de treinamento dos profissionais, e não o alojamento onde ocorreu a tragédia.

Eduardo Bandeira de Mello concorre à prefeitura do Rio de Janeiro pelo partido Rede.