De esportista agitado a paizão: a nova rotina de Sampaoli sem a praia em MG
Ir para o centro de treinamento de bicicleta, pegar onda na praia, praticar esportes à beira-mar... Essas eram algumas das práticas de Jorge Sampaoli em sua passagem por Santos, onde o treinador explorou bastante a cidade do litoral paulista, a qual se recorda com doses de carinho e saudade.
De uma vida movimentada enquanto técnico do Peixe, o argentino, agora no Atlético-MG, vive uma rotina completamente diferente. Claro, pelos impactos da pandemia do coronavírus, mas, também, por estar longe da praia, que em Santos era uma extensão de sua casa.
Se antes o treinador tinha a areia e o mar como parceiros, agora tem para si o refúgio dos muros altos, árvores e a tranquilidade de um condomínio de luxo em Lagoa Santa, município da região metropolitana de Belo Horizonte.
Dos costumeiros exercícios físicos ao ar livre, Sampaoli agora mantém a forma em uma academia indoor na enorme casa onde mora, residência construída em um lote de 5 mil m².
E com tanto espaço disponível o treinador aproveita para gastar bastante energia também com o terceiro filho, o pequenino León, de apenas 1 ano, que nasceu em setembro de 2019, ainda quando o treinador comandava o Santos.
É do garotinho a maior parte do tempo livre do argentino, que vive entre treinos no CT atleticano, viagens e jogos no calendário apertado do futebol brasileiro.
Condomínio fechado
Sampaoli vive no mesmo condomínio onde morou Ronaldinho Gaúcho quando o jogador vestiu a camisa atleticana. A casa é diferente, mas não deixa de ter pompa. O local é uma mansão toda mobiliada cujo aluguel está pago pelo período de um ano. O valor para a moradia de 12 meses no imóvel é de R$ 300 mil, segundo informação do UOL Esporte.
O treinador argentino leva uma vida bem pacata em Lagoa Santa, completamente diferente do que fazia em Santos, quando, por diversas vezes, era visto fora de casa. Agora ele quase não sai de sua residência. E quando o fez foi fotografado na orla da lagoa da cidade caminhando com a esposa, a chilena Paula Valenzuela, e o pequenino León.
Como gosta muito de bicicleta, por algumas vezes usou as vias do próprio condomínio onde mora para dar umas voltinhas na "magrela".
Paizão só em casa
Se com o filho pequeno o técnico Sampaoli é o verdadeiro paizão, com os jogadores do Atlético-MG não se pode falar a mesma coisa. Aquele homem pacato, calmo e tranquilo durante sua estada em casa se transforma nos treinos na Cidade do Galo. Ele praticamente "liga no 220V" e acelera a um nível máximo de cobrança e exigência.
Por isso o comportamento elétrico, efusivo, muitas vezes até marrento na beirada do gramado, falando alto com seus atletas e tirando o sossego do auxiliar do lado de fora do campo. Ao que parece, só León consegue domar e drenar as energias da fera argentina.
Vida em Santos
Enquanto esteve em Santos, Sampaoli poderia ter considerado um verdadeiro cidadão santista. O argentino aproveitou a cidade praiana da melhor maneira. Rejeitou morar no condomínio de luxo onde Pelé já teve casa para viver a duas quadras da praia do canal 2.
O ex-técnico do Peixe se tornou figurinha carimbada na rede de futevôlei mais próxima de seu apartamento. Fez treinos da modalidade e até se arriscou nas aulas de surf. Quando não estava praticando esportes, levava as quatro cadelas que possui da raça Border Collie para passear pela orla de Santos.
Presenteado com uma BMW, o argentino deixava o automóvel na garagem para ir até o CT Rei Pelé de bicicleta pelas ciclovias de Santos. Chegou a ter sua "bike" furtada ao entrar em um banco e deixá-la sem cadeado, quando ainda era um principiante em terras brasileiras. Depois, ganhou de presente uma moto elétrica que se tornou parceira inseparável, chegando até a "atropelar" um torcedor que, ao invés de ficar bravo, pediu uma foto com o treinador.
Sensação no Santos, Sampaoli também fazia sucesso com o público infantil. Ninguém podia ver seus treinos, com exceção dos "Meninos da Árvore", historia revelada pelo UOL, que se tornou quase uma instituição no Santos: onde estava Sampaoli, lá estavam os garotos que viam o treino de cima do arbusto e foram chamados pelo argentino para dentro do CT. Quando o técnico voltou a Santos com o Galo, lá estavam as crianças para recebê-lo no hotel.
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