Grêmio dá preferência ao mata-mata há cinco anos também pela premiação
O Grêmio estreia na Copa do Brasil de 2020 hoje (29), contra o Juventude, e um assunto volta à tona: a estratégia do clube em valorizar mata-mata e deixar o Campeonato Brasileiro de lado. Além do critério físico, que Renato Gaúcho reitera toda semana, os torneios têm valor maior pelas premiações a cada fase. E, claro, o caráter decisivo das partidas. O duelo contra o time da Serra Gaúcha começa às 21h30, em Porto Alegre.
Campeão da Copa do Brasil em cinco oportunidades, o Grêmio também vê o mata-mata nacional como caminho mais curto para ganhar outro título. E carimbar vaga à Copa Libertadores 2021.
Grêmio e Juventude duelam pelas oitavas de final. Quem passar, garante R$ 3,3 milhões. Os semifinalistas vão receber mais R$ 7 milhões e na decisão, quem ficar com a taça tem direito a R$ 54 milhões. O vice-campeão fica com R$ 22 milhões.
Antes de avançar, é preciso dizer: o Grêmio nega que coloque o Brasileirão em segundo plano. Na prática, o campeonato de pontos corridos nunca foi prioridade no clube de 2016 até hoje. Foi nono colocado há quatro anos e nas últimas três temporadas terminou em quarto lugar. Por outro lado, o armário ganhou as taças da Copa do Brasil e da Libertadores.
Além dos títulos, o Grêmio chegou à semifinal da Libertadores outras duas vezes. E na Copa do Brasil também. De forma bem prática, o perfil "copeiro" se explica nos números.
Renato Gaúcho e o elenco trabalham as partidas de uma forma diferente, sim. Com maior atenção, concentração. Estratégias específicas para acelerar jogos, gastar tempo. Explorar algum ponto fraco ou valorizar jogada ensaiada e guardada a sete chaves. Mas a matemática também está na mesa.
No seu último título da Copa do Brasil, em 2016, o Grêmio sagrou-se campeão sem o atual prêmio milionário. Ainda assim, o título veio muito a calhar. Turbinou as finanças, que por política de austeridade não projetam premiações no começo de cada ano. Ou seja, tudo que é obtido como premiação supera as expectativas e incrementa o caixa.
Em 2020, outra vez, o Grêmio não conta com bônus por classificações no orçamento do clube. Mas eliminar o Juventude aporta mais dinheiro para pagar as contas do dia a dia e investir. Diego Churín custou quase R$ 9 milhões e Gastón Ramírez, da Sampdoria, também vai exigir compensação ao clube italiano.
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