Kroll finaliza investigação no Atlético-MG; documento vazado era preliminar
As páginas que vazaram na internet nesta semana com dados da investigação corporativa da empresa Kroll no Atlético-MG fazem parte de um relatório primário que a empresa levantou no clube e não é o documento final.
Segundo apurou o UOL Esporte, um documento vasto e ainda mais analítico foi produzido pela Kroll antes mesmo do vazamento de informações que citam ex-dirigentes e até profissionais que ainda estão no clube.
O escopo da checagem de uma das empresas mais conceituadas de auditoria e investigação corporativa do mundo no Atlético-MG contempla o período entre janeiro de 2009 e dezembro de 2017.
Ainda de acordo com informações recebidas pelo UOL Esporte, o período em que Sérgio Sette Câmara comanda o Galo não entrou na análise, em um primeiro momento, mas isso não impede um futuro trabalho da Kroll nas contas entre 2018 e 2020, triênio gerido pelo atual presidente.
Com base em documentos analisados no clube, movimentações financeiras atleticanas foram checadas pela Kroll, que apontou possíveis irregularidades cometidas nas duas últimas gestões.
Inicialmente, a empresa checou notas fiscais diversas, inclusive por pagamentos a dirigentes e ex-dirigentes, contratos e até movimentações diversas fora da atividade principal, que é o futebol.
Sobre os vazamentos ocorridos e a divulgação de documentos oficiais por meio das redes sociais, isso mesmo com a premissa de confidencialidade contratual estabelecida, a Kroll se posicionou.
"A Kroll afirma que a investigação financeira realizada no Clube Atlético Mineiro teve como objetivo apontar irregularidades e vulnerabilidades, com base em documentos corporativos disponíveis na instituição. Nossas conclusões, enviadas confidencial e exclusivamente para uso interno, são subsídios para que o cliente busque sanar as vulnerabilidades identificadas, incluindo a falta de documentação para algumas transações. A Kroll é referência em investigação no segmento esportivo e lamenta a divulgação de informações sigilosas, fora do contexto do trabalho realizado", disse em nota enviada ao UOL.
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