Novo Felipão: técnico mora em CT do Cruzeiro e dá até treino de luva
Trabalho, foco, dedicação e esforço para tentar tirar o Cruzeiro da parte desconfortável da tabela na Série B do Campeonato Brasileiro. Luiz Felipe Scolari, que comanda o time celeste há quase duas semanas, mais viajou com a delegação cruzeirense do que parou em Belo Horizonte, cidade que conhece bem e volta a morar após 19 anos, desde sua primeira passagem pelo clube, em 2001.
Atarefado, em busca de reforços e tentando conhecer melhor o elenco que tem para trabalhar, Felipão preferiu não perder tempo. Em vez de se preocupar inicialmente com detalhes importantes e pessoais, como uma casa ou apartamento para morar, o treinador adotou o hotel da Toca da Raposa II como refúgio nesses seus primeiros dias em solo mineiro.
Enquanto não se muda do CT, Scolari tem a companhia, além dos funcionários e atletas durante o expediente normal, do velho conhecido José Carlos Brunoro, que também está morando na Toca da Raposa II. Os dois fazem companhia um para o outro, tanto que nesta semana foram até jantar juntos.
Outro clima
A chegada de Felipão ao Cruzeiro alterou a rotina de quem trabalha na Toca II. Em relação aos atletas, a conversa de bastidores é que o clima é outro no clube. O currículo do técnico, atrelado aos resultados melhores desde que ele chegou, foram combustíveis para queimar o baixo astral que antes imperava pela falta de confiança e derrotas.
É claro que a situação da Raposa ainda não é boa, o time ocupa a 18ª posição na Segunda Divisão, mas se havia o temor pelo rebaixamento à Série C, a conversa nos corredores da Toca agora com a chegada de Felipão é outra. O ânimo e esperança foram renovados, mas terão que ser colocados à prova dentro de campo.
Cuidados especiais
E se morar dentro do CT faz o treinador perder menos tempo no trabalho, também o ajuda a se manter seguro nesse período de pandemia do novo coronavírus. Perto de completar 72 anos, Felipão faz parte do grupo de risco e tem recebido cuidados especiais na Toca II.
Tanto que desde o primeiro jogo do treinador após o seu retorno ao Cruzeiro, muitos perguntaram qual o motivo de o técnico usar luvas, claro, além da máscara.
De acordo com apurações do UOL Esporte, há um trabalho criterioso do Cruzeiro com Scolari, pela idade do treinador, e com todos os profissionais, administrativos e jogadores, que frequentam o centro de treinamento diariamente. E a luva seria uma proteção a mais para o comandante.
Além do cumprimento do protocolo sanitário com orientações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), todas as pessoas que frequentam a Toca da Raposa II passam por testes regulares, pelo menos uma vez por semana. O departamento médico cruzeirense também promove avaliações diárias por meio de questionários de rotina com os frequentadores do CT.
"Há o cuidado do Cruzeiro para a manutenção do distanciamento, quando este é possível, e todas as medidas de higienização. A utilização das luvas por parte do treinador trata-se de mais uma medida de proteção individual, que também é utilizada pelos profissionais de saúde do Cruzeiro nos momentos de atendimentos", disse o departamento de comunicação do Cruzeiro em contato com o UOL.
Felipão, inclusive, já usou alguns modelos diferentes de luvas, como a de látex, conhecida como luva cirúrgica, e até luva de plástico.
Dentre os clubes da Série A e B, o Cruzeiro apresenta índices baixos de contágio da Covid-19. Alguns atletas foram infectados recentemente, mas cumpriram quarentena, e até se juntaram novamente ao grupo. O zagueiro Manoel é um desses, assim como o lateral esquerdo Matheus Pereira, titular da posição, e que estará indisponível por um tempo devido à lesão sofrida após entrada forte de Jorge Henrique no empate por 1 a 1 com o Náutico, na semana passada.
Precisando da vitória para tentar fugir da zona de descenso à Série C, o Cruzeiro recebe hoje (30) o Paraná, às 21h30, no Mineirão. O Cruzeiro venceu o último confronto contra o time de Curitiba, por 3 a 1, ainda pelo Brasileiro de 2018.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO X PARANÁ
Motivo: 19ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
Data e horário: 30/10/2020 (sexta-feira), às 21h30 (de Brasília)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Thiago Luis Scarascati (SP)
Auxiliares: Daniel Paulo Ziolli (Fifa/BA) e Herman Brumel Vani (SP)
CRUZEIRO: Fábio; Raúl Cáceres (Rafael Luiz), Cacá, Ramon (Manoel) e Patrick Brey; Jadsom Silva, Adriano (Ramon); Airton, Marquinhos Gabriel e Régis; Marcelo Moreno. Técnico: Luiz Felipe Scolari
PARANÁ: Marcos; Paulo Henrique, Salazar, Hurtado e Juninho; Jhony Douglas, Higor Meritão, Renan Bressan e Thiago Alves; Andrey e Léo Castro. Técnico: Alan Aal
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