Futebol segue na Europa em meio a "lockdown" por 2ª onda de covid
Em meio aos anúncios de restrições mais rígidas para conter a segunda onda do coronavírus na Europa, o futebol profissional virou uma das poucas opções de entretenimento ainda permitidas. Na França e na Alemanha, por exemplo, mesmo com novos lockdowns anunciados ontem (28), a bola continua rolando.
Ao UOL, o Ministério do Esporte francês explicou que o esporte profissional e de alto nível, como é o caso do futebol, continua acontecendo por se tratar de "trabalho". "O esporte profissional e o esporte de alto nível continuarão como parte da continuidade da atividade profissional", disse.
Apesar da afirmação do Ministério do Esporte, a Federação Francesa já anunciou o adiamento até 1 de dezembro da Copa da França, que conta em suas primeiras fases com clubes amadores que, com o novo lockdown, estão impedidos de funcionar.
"Todas as partidas que não possam ser disputadas neste período serão adiadas para datas posteriores, dependendo da evolução do estado de saúde. Os encontros internacionais inicialmente previstos para a seleção francesa feminina e masculina estão mantidos. O mundo do futebol deve participar do esforço coletivo de combate à segunda onda desta epidemia", publicou a entidade ontem (29).
A situação é delicada na França, com o sistema de saúde ameaçado de colapso. Nos últimos dias, o país registra mais de 30 mil novos casos diários. Ontem, foram mais de 40 mil novos casos. Os óbitos também vêm crescendo. No dia 27, por exemplo, o país anunciou mais de 500 mortes pela doença.
A Organização Mundial da Saúde afirmou o continente é novamente o epicentro da doença no mundo com mais de 1,5 milhão de casos confirmados nos últimos sete dias. "A Europa está mais uma vez no epicentro desta pandemia. Correndo o risco de soar alarmista, devo expressar nossa preocupação real e transmitir nosso compromisso inabalável de estar ao seu lado e apoiar da melhor maneira possível", disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.
No futebol, mesmo com muitos casos de jogadores contaminados (um deles foi Cristiano Ronaldo), a percepção das autoridades é de que os protocolos adotados, com testes antes de jogos, restrição de pessoas nos estádios e outras medidas, está funcionando, pelo menos por enquanto.
A Alemanha, que anunciou ontem um segundo lockdown a partir de segunda-feira (02) depois de registrar mais de 10 mil casos diários e já ter mais doentes atualmente do que no primeiro pico da pandemia no primeiro semestre do ano, ressaltou em comunicado que o esporte profissional segue normalmente, mas sem a presença de torcedores. Teatros, cinemas, bares, restaurantes e academias fecharão novamente.
A Espanha, também duramente atingida novamente, deixa a LaLiga seguir normalmente, como seus vizinhos. No clássico Barcelona e Real Madrid, disputado na última semana, máscaras foram distribuídas aos montes para quem fosse trabalhar no jogo, a higiene em equipamentos foi reforçada e testes rápidos foram feitos em profissionais presentes no estádio antes da partida.
Na Itália, onde houve dúvidas sobre a continuidade do futebol, a Federação Italiana admitiu "pequenas mudanças no protocolo de saúde", mas sem explicar quais. Uma nova campanha de conscientização sobre uso de máscara e medidas de higiene também foi lançada, com o atacante Zlatan Ibrahimovic como protagonista. "O vírus me desafiou e eu venci, mas você não é Zlatan. Respeite as regras. Isolamento e máscara sempre", fala o jogador do Milan.
"O protocolo continua sendo seguido e se mostrou válido. Pedimos alguns pequenos ajustes e atualizações, mas a eficácia atende à aplicação rigorosa", disse ontem o presidente da federação italiana Gabriele Gravina.
Mesmo com viagens sendo desaconselhadas, Liga dos Campeões segue
Há um ponto em comum nas novas determinações anunciadas pelos países europeus para conter o coronavírus: evite viagens. A Liga dos Campeões, competição em que delegações inteiras viajam para cima e para baixo, também continua. Nessa situação, as viagens se encaixam como "fins profissionais".
A Uefa segue seu protocolo de retorno de jogos anunciado ainda em agosto, quando a situação da pandemia na Europa estava mais controlada que atualmente. "O objetivo do Protocolo de Retorno ao Jogo da Uefa é criar um ambiente protegido e contido para os jogadores de equipe e equipe técnica, proporcionando-lhes um corredor de 'bolha' separado para todos os movimentos de entrada, entrada e saída do estádio, e estabelecer os princípios das melhores práticas para a proteção e segurança de todos os funcionários envolvidos no jogo", falou em nota à reportagem.
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