Derrota para o Palmeiras expõe problemas e pior fase de Sampaoli no Galo
Da famosa frase "segue o líder", que o torcedor atleticano dizia a plenos pulmões até o meio do mês de outubro, a um time descaminhado. O Atlético-MG de Jorge Sampaoli vive sua pior versão em 2020 e o treinador argentino busca respostas para os mais de 360 minutos sem vencer, marca atingida com a derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, ontem (2), no Allianz Parque, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
De um time audaz e incisivo com forte poderio ofensivo, e que buscava a recuperação mesmo em situações adversas quando de um gol adversário, o Galo passou a ser uma equipe inconstante, previsível, desequilibrada e sem poder para reagir.
Os efeitos dos problemas ficam evidentes na classificação. Dos últimos 18 pontos disputados o Atlético-MG conquistou apenas cinco, apresentando desempenho de 27%, bem abaixo daquele demonstrado em seu momento áureo no Brasileirão, o mês de setembro, quando o time alcançou mais de 80% de aproveitamento e chegou ao primeiro lugar.
Pior sequência
Já são quatro partidas sem vencer, e a queda técnica atleticana é tão forte, que recordes negativos estão sendo empilhados jogo a jogo. Em 25 partidas no comando do Galo foi a primeira vez que o comandante argentino viu sua equipe não balançar as redes por duas partidas consecutivas. Fora a sequência de jogos sem vitória. O máximo que Sampaoli conhecia eram dois jogos sem vencer. Porém, agora o Galo convive sem triunfos há quatro rodadas [Fluminense, Bahia, Sport e Palmeiras].
A falta de vitórias tirou a chance de o time preto e branco brigar pelo título simbólico do turno no Brasileirão. E mais, impede que a equipe alvinegra iguale sua melhor campanha na primeira metade da competição desde 2006, que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no formato com 20 clubes e 38 rodadas.
Em 2015, o Atlético-MG terminou o turno com 36 pontos, o segundo melhor desempenho nas 19 rodadas iniciais. A melhor marca é de 2012, com 43 pontos. Neste ano o time só pode chegar a 35, já que tem um jogo ainda por fazer, contra o Athletico-PR, que foi adiado na sexta rodada por causa das finais do Campeonato Mineiro.
Terceiro colocado na classificação, o time alvinegro tem 32 pontos em 18 jogos, e está atrás do líder Inter, e do vice-líder Flamengo, ambos com 35.
Justificativa do treinador
Há várias rodadas o técnico Jorge Sampaoli tem usado uma palavra que se tornou conhecida nas justificativas para a ausência de resultados positivos do Galo: "contundência", que também significa falta de objetividade.
Esse problema foi mais uma vez destacado pelo treinador, que ainda disse que a juventude da equipe tem sido diferencial para os tropeços de um time "vulnerável e impreciso"
"Estamos em um processo em que existe uma responsabilidade pelo lugar que ocupamos e a expectativa sobre um grupo jovem que, entretanto, não está preparado para esse tipo de desafio. Essa é uma realidade que temos que melhorar porque as virtudes que a equipe teve em algum momento estavam relacionadas com a contundência. Hoje a equipe não está sendo contundente. Então, o rival está sempre se adiantando emocionalmente no jogo e isso nos faz imprecisos e vulneráveis", relatou.
O Galo iniciará o returno do Brasileirão sem Sampaoli no banco de reservas. É que o treinador levou o terceiro cartão amarelo e vai cumprir suspensão contra o Flamengo, no próximo domingo (8), às 18h15, no Mineirão, pela 20ª rodada do campeonato. A missão de comandar o time deve ficar com o auxiliar Jorge Desio, que já exerceu esse papel na vitória contra o Bragantino.
Com mais um cartão amarelo Sampaoli chega a nove advertências em 2020, três no Campeonato Mineiro [contra o América na ida e na volta da semifinal, e Tombense] e seis no Brasileiro [Flamengo, internacional, Santos, Fluminense, Sport e Palmeiras].
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