Bastidores do SPFC: Comissão não vê culpado para déficit acima do permitido
O presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Marcelo Abranches Pupo Barboza, apresentou, em reunião do grupo na noite de ontem (5), o parecer da Comissão de Ética sobre as contas de 2019. O clube gastou R$ 554 milhões e faturou R$ 398 milhões, com déficit de R$ 156 milhões. A Comissão de Ética apontou que não há um responsável único (departamento ou profissional) para as variações no número e justificou o caso com os fracassos desportivos.
A despesa do clube no ano (R$ 554 milhões) pode variar até 5% em relação à receita (R$ 398 milhões). No entanto, o percentual superou o limite estabelecido e atingiu 39,19%. Em abril passado, o balanço financeiro do São Paulo foi enviado à Comissão de Ética do clube e contestado por conselheiros justamente por causa da variação.
O grupo fez a análise e repassou o seu parecer aos conselheiros na noite de ontem. De acordo com o parecer da Comissão de Ética, não há um responsável exclusivo para a variação. A alegação se dá principalmente pela decepção em competições que poderiam melhorar as finanças. O São Paulo foi eliminado pelo Talleres, da Argentina, na segunda fase da Libertadores, antes ainda da definição dos grupos, e perdeu para o Bahia nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Outro aspecto foi a venda de Antony ao Ajax, avaliada em 15,75 milhões de euros (R$ 75 milhões à época). Como o negócio ocorreu somente em fevereiro de 2020, ele não foi incluído no balanço de 2019. Era possível que a transferência acontecesse em dezembro de 2019, o que mudaria o balanço.
De acordo com o parecer da Comissão de Ética, houve aprovação das contas em todas as esferas do clube: auditoria externa, Conselho Fiscal, Conselho Deliberativo e Conselho de Administração.
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