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Justiça suspende eleição presidencial do Vasco, que já estava em andamento

Membros das chapas conversam após eleição do Vasco ser suspensa - Bruno Braz / UOL Esporte
Membros das chapas conversam após eleição do Vasco ser suspensa Imagem: Bruno Braz / UOL Esporte

Alexandre Araújo e Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

07/11/2020 19h45Atualizada em 07/11/2020 20h15

A eleição presidencial do Vasco já estava em andamento, mas foi suspensa no início da noite de hoje (7), no Rio de Janeiro. Uma liminar judicial que adiava a eleição para o dia 14 de novembro foi validada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo contrária à decisão divulgada ontem (6) pelo desembargador Camilo Ribeiro Rulière, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que marcava o pleito para este sábado.

Em seu despacho, o ministro Humberto Eustáquio Soares Martins cita os riscos de contaminação dos eleitores vascaínos em meio à pandemia do novo coronavírus como uma das causas para suspensão do pleito.

Vale ressaltar que, por enquanto, os sócios estão entrando no ginásio de São Januário para realizar a votação. Há uma ideia de que o processo deve continuar até que o clube seja notificado.

"Havia a ideia de implementar um formato de eleição que comportasse o voto eletrônico dos associados, para fins de ampliar democraticamente a participação dos associados e garantir que as dificuldades de locomoção, bem como os riscos de saúde pública trazidos pela pandemia da covid-19, não acarretassem prejuízos aos associados e à associação", diz trecho do documento.

Alexandre Campello, que tenta a reeleição pela chapa "No Rumo Certo", lamentou o ocorrido e cutucou Faues Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral do Vasco.

"Parece que foi uma ação do presidente Mussa, que é um representante dos amerleinhos, da "Sempre Vasco", que comemoram como se fosse um gol. Acho que é um desrespeito com o Vasco, com os sócios que veio até aqui, mas, lamentavelmente, é assim que se procede. Hoje querem decidir tudo no Vasco por meio da Justiça", afirmou.

Julio Brant, que encabeça a "Sempre Vasco", criticou a votação presencial em meio à pandemia de coronavírus, mas também demonstrou não ter ficado satisfeito com uma nova briga judicial nos bastidores da eleição do clube da Colina.

"Duas horas e meia em uma fila, no sol, no calor... Muitos relataram isso para mim: "Estou vindo votar em você, mas fiquei duas, três horas em uma fila no meio de uma pandemia". E, mais uma vez, uma eleição é judicializada. Se para sem saber o que vai acontecer. Lamentável isso para o Vasco, para os sócios e para todos que participam do processo eleitoral do clube", salientou.

De acordo com a boca de urna, Leven Siano, da chapa "Somamos", liderava a corrida presidencial. Para ele, esse novo capítulo do pleito mostra que "os agentes políticos do Vasco não sabem o que é a democracia".

"Suspendeu e, até ser intimidado, continua a eleição normalmente. É um detalhe com relação a agendamento de data. O Vasco ainda não foi intimidado e a eleição continua normalmente. Acho que a Justiça decide aquilo que entende correto. Não me cabe comentar decisão judicial. Infelizmente, a gente vê que os agentes políticos do Vasco não sabem o que é democracia. Vamos aguardar e a eleição vai ocorrer normalmente ate que haja uma intimação", garantiu.

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