Leven ganha mais votos em eleição do Vasco; pleito está suspenso na Justiça
Leven Siano, da chapa "Somamos", foi o candidato que recebeu mais votos na eleição presidencial do Vasco, realizada neste sábado. O resultado, porém, está sub judice após o pleito ser suspenso por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Leven recebeu 1.155 votos, ficando à frente de Jorge Salgado, da "Mais Vasco", com 921, Julio Brant, da "Sempre Vasco", com 862, de Alexandre Campello, da "No Rumo Certo", com 336, e Sérgio Frias, da "Aqui é Vasco", que teve 153. Tiveram ainda 15 brancos e quatro nulos.
No total, 3.447 sócios foram a São Januário escolher candidato — destes votos, 316 foram de sócios anistiados, em urna separada, e 113 após a retomada da votação.
Em suas primeiras palavras após o resultado, Leven Siano afirmou que irá tentar derrubar a liminar que suspendeu a eleição na Justiça:
"Segunda-feira vamos caçar a liminar para ser então confirmado como presidente. Não tenho nenhuma dúvida de que vamos caçar a liminar. Estamos preparados para enfrentar qualquer desafio do poder judiciário, esse é meu dia a dia, e nós vamos colocar as coisas em seu devido lugar".
Esta foi a primeira eleição direta na História do Cruz-Maltino. Até 2017, o sócio votava nas chapas concorrentes e as duas primeiras formavam o Conselho Deliberativo. A primeira colocada indicava 120 conselheiros e a segunda, mais 30. Estes 150 se juntavam aos outros 150 natos e os 300 realizavam uma votação interna para a escolha do presidente.
A contagem das cédulas, mesmo com a eleição suspensa, aconteceu apenas porque a retenção das urnas lacradas dependeria de alguns trâmites burocráticos que exigiam um tempo hábil maior. Desta forma, optou-se por contabilizar os votos e, agora, aguardar os próximos passos na Justiça.
Chapas de Brant, Campello e Salgado não participam de retomada e contagem
Interpretando que a eleição perdeu a validade após a suspensão judicial, as chapas de Alexandre Campello (No Rumo Certo), Jorge Salgado (Mais Vasco) e Julio Brant (Sempre Vasco) decidiram não participar tanto da retomada da votação, depois da decisão do tribunal, quanto da contagem dos votos.
Na apuração, estiverem somente os integrantes das chapas de Leven Siano (Somamos) e Sérgio Frias (Aqui é Vasco), além dos integrantes da mesa diretora.
Leven fala em expulsar Mussa
Também depois do resultado, Leven Siano falou em expulsar o presidente da Assembleia Geral do Vasco, Faues Cherene Jassus, o Mussa, do quadro social caso seja confirmado como presidente do clube.
"Acho que o Mussa precisa ser expulso do clube. Sua atuação não é isenta, não é imparcial e vamos conseguir expulsá-lo do clube", disse Leven.
Pleito recheado de polêmicas
O evento para a escolha do novo presidente teve diversas polêmicas. A primeira delas, antes mesmo de começar. Na noite de sexta-feira, o desembargador Camilo Ribeiro Ruliére derrubou liminar que determinava que o pleito fosse on-line no próximo dia 14. Além disso, remarcou a votação para este sábado, de forma presencial.
O ato causou uma correria nos bastidores das chapas concorrentes. Faues Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, porém, entrou com um pedido de reconsideração da decisão Ruliére e, já à noite, com a eleição em andamento, foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Após receber a notificação, Mussa assinou e interrompeu a votação que estava em curso, o que causou revolta em Leven Siano, que liderava segundo as pesquisas de boca de urna e chegou a ameaçar abandonar em pleito em caso de nova data.
Após o presidente da Assembleia Geral ir embora, porém, a mesa diretoria reviu a decisão e retomou a votação. Diante disso, Julio Brant, da "Sempre Vasco", retirou a chapa, sendo seguido por Jorge Salgado, da "Mais Vasco", e Alexandre Campello, que tenta reeleição pela "No Rumo Certo". A apuração, inclusive, não contou com fiscais destes três grupos. Apenas membros da "Somamos" e da "Aqui é Vasco" estiveram presentes na contagem.
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