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Lesões e Covid deixam só linha de defesa da seleção inteira para sexta

Thiago Silva, Marquinhos, o preparador físico Ricardo Rosa e Allan durante treino da seleção ontem (9) - Lucas Figueiredo/CBF
Thiago Silva, Marquinhos, o preparador físico Ricardo Rosa e Allan durante treino da seleção ontem (9) Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 04h00

Tite perdeu três titulares frequentes da seleção brasileira para o jogo de sexta-feira (13), às 21h30, contra a Venezuela, pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo do Qatar: Casemiro (diagnosticado com Covid-19), além de Philippe Coutinho e Neymar por problemas musculares. Com desfalques no meio e no ataque, o treinador terá somente a linha defensiva intacta para o jogo no Morumbi.

Ou melhor, a defesa ainda ganhará um "reforço": o goleiro Alisson, recuperado de uma lesão no ombro que o afastou por um mês do Liverpool e também dos dois primeiros jogos das Eliminatórias, se apresentou ontem (9) à Granja Comary e fica à disposição. Assim, Weverton será opção ao titular junto com Ederson.

Alisson - Matt McNulty/Manchester City FC via Getty Ima - Matt McNulty/Manchester City FC via Getty Ima
Alisson, do Liverpool, em partida contra o City no domingo (8). Ele jogou cinco partidas desde a lesão
Imagem: Matt McNulty/Manchester City FC via Getty Ima

Caso não haja nenhum problema ou mudança de ordem técnica, a escalação da seleção para sexta-feira começa com os seguintes nomes: Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi. A partir do primeiro volante, na ausência de Casemiro e Fabinho, é que começam as dúvidas que vão ser solucionadas nos treinamentos ao longo da semana.

Com a linha defensiva inteira, a seleção terá o objetivo de consertar os erros cometidos contra o Peru, quando sofreu dois gols. Neste ciclo para a Copa de 2022, iniciado após o Mundial da Rússia-2018, o Brasil tinha sofrido dois gols no mesmo jogo somente contra a Colômbia, em 6 de setembro do ano passado, quando empatou em 2 a 2.

A diferença é que naquele jogo foram dois erros individuais do lateral esquerdo Alex Sandro, numa desatenção ao cometer pênalti e depois numa falha de cobertura. Já diante do Peru os erros foram generalizados.

No primeiro gol, Roberto Firmino perdeu a posse de bola em disputa no meio e depois de um bate-rebate em que Marquinhos não conseguiu afastar o perigo, Carrillo apareceu para fazer um golaço. Já o segundo saiu quando Rodrigo Caio afastou mal de cabeça um lateral cobrado na área e ainda desviou o chute de Renato Tapia, no rebote, que ninguém alcançou para enganar Weverton.

Manter uma linha defensiva que vem sendo convocada e atuando junto dá uma confiança maior, mas os jogadores que estão vindo deixam o Tite bem servido."
Thiago Silva, zagueiro da seleção

A defesa da seleção não passou ilesa aos inúmeros problemas desta convocação, pois Rodrigo Caio teve diagnóstico de lesão e Éder Militão contraiu Covid-19. Porém, ambos são reservas e foram substituídos por Felipe e o estreante Diego Carlos.

Em 50 jogos sob o comando de Tite, a seleção brasileira sofreu 19 gols, sendo sete deles em bolas aéreas, originados por escanteios e faltas laterais. É a maior preocupação do treinador em relação ao sistema defensivo, que estará intacto no Morumbi para provar que merece a confiança.