Ceni ensaia Flamengo à la Jesus e evita pressão por derrota em estreia
A derrota por 2 a 1 para o São Paulo, claro, não foi bem digerida no Flamengo, mas o revés não chegou a ser tratado como grande preocupação. O desempenho da equipe em campo deixou, em alguns integrantes do clube, mais impressões positivas do que negativas para o prosseguimento do trabalho de Rogério Ceni. Prova disso é que não houve qualquer sinalização interna de pressão pelo tropeço na estreia.
Após dias erráticos com Domènec Torrent no comando, o Fla voltou a ser um time intenso e que tentou sufocar o adversário, uma das principais características do Rubro-negro de Jorge Jesus. Ceni não escondeu que o Mister foi uma inspiração, ainda que o revés na Copa do Brasil tenha causado um desconforto.
"O importante é que nós voltamos para a metodologia que eu vejo que foi sucesso no Flamengo. E que vejo também que foi sucesso no time que trabalhei nos últimos três anos", disse ele.
O Flamengo retomou características muito similares ao time do português, muito marcado pela pressão na saída de bola do adversário e na vontade de retomar a bola o quanto antes. Além disso, a equipe criou chances e não sofreu tanto na defesa, algo que não acontecia com frequência com Dome.,
Depois de um bom tempo, o Rubro-negro voltou a contar com a dupla formada por Bruno Henrique e Gabigol. Os dois não reeditaram os seus melhores momentos, mas voltaram a jogar mais próximos e foram um tormento para o adversário. Os dois não viveram bons momentos com o espanhol, mas o posicionamento deu mostras que os atacantes podem reviver seus melhores dias com Ceni.
"A memória que eles tinham do passado, até certo ponto recente, e o modelo de jogo que eu trabalhava no Fortaleza. É o que eles mais gostam de jogar, além das peças que temos", analisou o treinador, em referência ao desempenho do time.
Assim como ocorreu com o espanhol, Ceni também já começou seu trabalho convivendo com baixas. Sem os convocados Isla, Everton Ribeiro e Pedro, o ex-goleiro não contou ainda com os lesionados Diego e Rodrigo Caio. Ele indicou que irá manter a lógica do rodízio quando tiver mais reforços em mãos:
"Temos oito jogadores fora. Com mais peças, podemos rodar mais. Voltamos à metodologia que foi sucesso no Flamengo e no time que eu trabalhei nos últimos anos".
Em desvantagem na Copa do Brasil, o Flamengo volta as atenções para o Campeonato Brasileiro. A um ponto do líder Internacional, o time recebe no sábado o Atlético-GO, às 21h30, no Maracanã.
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