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Brasil terá maior desafio defensivo em reencontro de Thiago Silva e Cavani

Thiago Silva, do Chelsea, observado por Cavani, do Manchester UNited, em partida em 24 de outubro - Simon Stacpoole/Offside/Offside via Getty Images
Thiago Silva, do Chelsea, observado por Cavani, do Manchester UNited, em partida em 24 de outubro Imagem: Simon Stacpoole/Offside/Offside via Getty Images

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

15/11/2020 12h00

A seleção brasileira tem o melhor ataque após três rodadas nas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar com dez gols marcados. Logo atrás, empatado com Equador com sete redes balançadas, está o Uruguai - adversário da próxima terça-feira (17), às 20h, no estádio Centenário.

Como os três adversários anteriores (Bolívia, Peru e Venezuela) têm os piores desempenhos e ataques até agora, o compromisso desta semana representa o maior desafio da defesa comandada por Tite em todo o torneio. Com gols dos astros Cavani e Luis Suárez, a seleção bicampeã do mundo vem de vitória por 3 a 0 sobre a Colômbia fora de casa.

A favor do Brasil nesta missão está o fato de que o quarteto que forma a linha defensiva titular não teve qualquer desfalque por lesão ou Covid-19 e já emendou os três jogos anteriores seguidos: Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi. É tempo suficiente para o nível de entrosamento e naturalidade dos movimentos, especialmente em bolas paradas, já ser uma realidade.

Houve alguns ajustes ao longo dos jogos: Weverton foi titular nos dois primeiros pela ausência de Alisson, contundido, e Ederson ganhou a vaga para o terceiro jogo. Contra o Peru, Marquinhos jogou só 11 minutos, mas Rodrigo Caio deu conta do recado. Já na proteção da zaga, o diagnóstico positivo para Covid-19 de Casemiro e a lesão de Fabinho deram espaço para Allan, que teve bom rendimento.

Thiago Silva - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
O zagueiro Thiago Silva durante partida contra a Venezuela, seu 92º jogo pela seleção brasileira
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Uma das maiores razões de orgulho da comissão técnica em quatro anos e meio de trabalho são os 20 "clean sheets" (jogos sem ser vazado) da seleção em 27 partidas oficiais. Neste período foram apenas nove gols sofridos, o que atesta força defensiva. Tite disse depois do jogo contra a Venezuela que sua análise parte de três pontos: resultado; solidez e criação para concluir a gol.

Sobre os dois primeiros itens não há o que reclamar neste começo de Eliminatórias.

Velhos conhecidos

Capitão da seleção brasileira e mais velho entre os 22 convocados, Thiago Silva terá pela frente na terça-feira um ex-companheiro de sete temporadas no Paris Saint-Germain: Edinson Cavani, um dos destaques da seleção uruguaia. Ambos têm trajetórias tão parecidas que participaram de todo o processo de reconstrução do clube francês e foram liberados ao fim da temporada, no meio do ano.

Coincidentemente, ambos pararam no Campeonato Inglês: Thiago Silva no Chelsea, Cavani no Manchester United. Eles se enfrentaram no último dia 24, empate em 0 a 0 e com o brasileiro evitando um gol do uruguaio.

"É um jogo para estar um pouco mais atento com esses dois atacantes [Cavani e Suárez]. Um [Cavani] eu tive oportunidade de jogar junto durante sete anos, conheço bem, tem que estar 100% ligado. O gol dele contra a Colômbia é de oportunismo e habilidade. Suárez também conhecemos, tive confrontos, é um jogador aguerrido e com qualidade técnica incrível. Vai ser jogo grande", disse Thiago.