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Apesar da pressão, Mancini nunca usou Cantillo como titular no Corinthians

Volante Cantillo nunca foi titular do Corinthians sob o comando do técnico Vagner Mancini - Marcello Zambrana/AGIF
Volante Cantillo nunca foi titular do Corinthians sob o comando do técnico Vagner Mancini Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

17/11/2020 04h00

Vagner Mancini nunca escalou o volante Victor Cantillo, considerado o melhor reforço do Corinthians antes do início da pandemia do coronavírus, como titular. O colombiano completou diante do Atlético-MG o seu décimo jogo seguido como reserva, sendo nove deles sob o comando do técnico. Além disso, Cantillo só entrou durante ao longo das partidas em apenas três oportunidades com o treinador.

O comandante corintiano, inclusive, sofre pressão externa para colocar o colombiano como titular do meio-campo. Ele é cobrado pela imprensa e, principalmente, pelos torcedores corintianos. Há excesso de reclamações nas redes sociais em todos os jogos.

Após a derrota para o Atlético-MG, Mancini viu a entrevista coletiva iniciar com uma pergunta se repensaria a ausência de Cantillo no time titular, já que o Corinthians segue sofrendo gols com volantes com características mais defensivas.

A resposta de Mancini, mesmo indiretamente, responde o motivo de Cantillo ser reserva hoje no time paulista. O treinador considera o colombiano um jogador de pouca intensidade, apesar da virtude de armador do volante.

Mancini prefere volantes mais intensos, que marquem forte no campo de defesa e também cheguem com força ao ataque. Na visão do treinador, o time fica com a defesa mais vulnerável e mais lento com Cantillo no meio-campo.

"A situação dos volantes, eu não posso analisar dessa forma. Eu entrei com Roni e Gabriel, o Ramiro mais deslocado do lado direito. Não sabíamos como seria o jogo se tivéssemos entrado com outra dupla de volantes. A intenção era dar um pouco mais de intensidade para que tivéssemos a força que tivemos no primeiro tempo, chegando na frente. O time teve uma intensidade muito grande, isso que temos que exigir do Corinthians, marcando forte e chegando forte na frente. Existem jogos que temos uma leitura antes da partida que podemos entrar com um time de menos intensidade, mas contra o Atlético-MG que tem jogo forte não dava para entrar com jogadores no meio-campo com pouca intensidade na marcação", disse Mancini ao responder sobre a ausência de Cantillo entre os volantes.

Cantillo foi o responsável pela melhora técnica do Corinthians no segundo e decisivo jogo do Corinthians contra o América-MG, pelas oitavas da Copa do Brasil. Ele foi incumbido de organizar o meio-campo e armar a jogada do pênalti sofrido por Davó e convertido em gol por Fagner. Por fim, o Timão foi eliminado ao ceder o empate. Mas Cantillo deixou o campo em alta e 'pedindo passagem' na equipe titular.

No entanto, no jogo seguinte, contra o Atlético-GO, pelo Brasileiro, o colombiano voltou a ficar como opção no banco de reservas. Mancini utilizou cinco volantes durante a partida, mas Cantillo apenas 'esquentou o banco'. Após o empate por 1 a 1, o treinador voltou a ser questionado sobre o colombiano.

"Eu até tinha a possibilidade de ter entrado com Cantillo, que me daria o jogo limpo, aberto, mas sobrecarregaria um pouco pela formação da equipe. Optei com a entrada de mais um volante de marcação [Gabriel], isso tornou a equipe pesada no sentido de criação de jogadas", disse.

Contra o Grêmio, domingo (22), na Neo Química Arena, Mancini terá o retorno do volante Xavier, que cumpriu suspensão. Em contrapartida, o seu substituto contra o Galo, o jovem Roni, recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Basta saber se Cantillo terá oportunidade ou treinador escalará Xavier e Gabriel como dupla de volantes. Vale lembrar que Cantillo ainda conta com as concorrências de Ederson e Camacho no setor.

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