Liberta volta nesta terça, e técnico pode cair; Palmeiras e Fla favoritos?
Após pouco mais de um mês da última partida pela fase de grupos, a Copa Libertadores retornará amanhã (24), na fase de oitavas de final.
Três clubes brasileiros fazem o jogo de ida desta fase na competição continental nesta terça-feira: o Athletico-PR enfrenta o River Plate, às 19h15 (de Brasília), na Arena da Baixada; o Flamengo duela contra o Racing, no estádio El Cilindro, às 21h30; já o Santos joga contra a LDU, no estádio Casa Blanca, em Quito (EQU), também às 19h15.
Desde a parada da competição, os clubes brasileiros sofreram com alguns fatores, entre eles os surtos de covid-19 no elencos de Santos e Palmeiras, troca de treinadores no Flamengo e no Internacional e a retomada de bons resultados, como aconteceu com Athletico e Grêmio.
O UOL Esporte contextualizou a situação que os times brasileiros chegam na retomada da Libertadores e o que esperar dos confrontos. Confira:
Athletico-PR
Após ser eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Flamengo, o Athletico engatou quatro vitórias seguidas — a última delas foi o triunfo sobre o Santos no último fim de semana. Com os resultados recentes, a equipe comandada por Paulo Autuori se afastou da zona de rebaixamento e já ocupa a 9ª colocação do Campeonato Brasileiro.
O adversário: River Plate
O momento do time paranaense é bom, mas o blogueiro do UOL, Rodrigo Coutinho afirma que ainda não há nível competitivo para bater de frente com o atual vice-campeão do torneio.
Conseguiu se reorganizar nas últimas partidas com Paulo Autuori. As ideias implementadas são nítidas e começam a ganhar uma execução melhor. Apesar disso, está longe de um estágio mais competitivo para encarar de igual para igual o River Plate.
A equipe argentina se classificou em primeiro lugar no Grupo D, que era o mesmo do São Paulo, com 13 pontos — com quatro vitórias, um empate e uma derrota. No Campeonato Argentino, é o segundo colocado do Grupo C, a última derrota foi no começo do mês de novembro: derrota por 3 a 1 para o Banfield, de virada.
Flamengo
O Flamengo passa um por um momento de restruturação: Rogério Ceni assumiu a equipe e acabou sendo eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil para o São Paulo. Mesmo com certa instabilidade, o time rubro-negro se manteve entre os líderes do Brasileirão e tem a mesma pontuação do líder Atlético-MG, 39 pontos.
O adversário: Racing
Apesar de ser um adversário difícil de ser batido, o Racing chega para o duelo contra o Fla cheio de problemas. O time argentino vive instabilidade nos bastidores, o ex-jogador Diego Milito (que era dirigente do clube) pediu demissão, Jonatan Cristaldo, Marcelo Díaz, Lorenzo Melgarejo, Augusto Solari e Dario Cvitanich são desfalques e a equipe comandada por Sebastián Beccacece não vence desde o dia 21 de outubro — quando bateu o Estudiantes de Mérida por 2 a 1, pela Libertadores.
Com a eliminação na Copa do Brasil, o Flamengo usará força máxima nas duas competições que restaram no ano: a Libertadores e o Brasileiro. Na opinião do blogueiro Renato Maurício Prado, Rogério Ceni acertou a equipe como em 2019 e a equipe entra 'muito forte' na competição continental.
Com a volta dos contundidos, o Flamengo entra muito forte nestas oitavas da Libertadores. Ceni remonta o esquema vitorioso de 2019 e só precisa ajeitar a defesa para lutar pelo tricampeonato, embora tenha adversários fortes pela frente (inclusive uma possível revanche contra o River Plate na finalíssima). Se o treinador ainda fosse Domènec Torrent, não levaria fé. Com Ceni, as chances aumentaram bastante.
Grêmio
O Tricolor gaúcho é uma das equipes que chega em melhor momento na competição: o time comandado por Renato Gaúcho não sabe o que é perder há 12 partidas. E a equipe briga na parte de cima da tabela do Brasileirão, algo que não acontecia nos últimos anos, já que o treinador sempre priorizava as competições mata-mata.
O adversário: Guaraní-PAR
Apesar de ter se classificado para as oitavas de final da Libertadores e ter feito um bom torneio Apertura — equivalente ao torneio do primeiro semestre no futebol paraguaio — o Guraní não vem bem neste final de ano. No Clausura são sete partidas disputadas, duas vitórias, dois empates e três derrotas, ocupando a 9ª posição entre os 12 times que disputam o torneio.
Na opinião do blogueiro Rodolfo Rodrigues, o Grêmio tem tudo para passar tranquilamente pelo 'mediano time' do Guaraní.
Não perde há 12 jogos, está na briga pelo título Brasileiro e da Copa do Brasil e forte também na Libertadores com a volta dos principais jogadores, como o meia Jean Pyerre e o zagueiro Geromel. Tem tudo para passar bem pelo mediano time do Guaraní-PAR.
Internacional
O Colorado vive um momento muito ruim na temporada: foi eliminado para o América-MG nas quartas de final da Copa do Brasil, perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro e enfrenta nas oitavas de final da Libertadores um dos adversários mais duros: o Boca Juniors. O clima é tão ruim nos bastidores do clube que uma derrota para a equipe argentina, o técnico Abel Braga já pode deixar o comando da equipe, mesmo após apenas quatro jogos.
O adversário: Boca Juniors
O time argentino está invicto na Libertadores, na fase de grupos foram 4 vitórias e dois empates. No entanto, vem de duas derrotas consecutivas no Campeonato Argentino, na La Bombonera: 1 a 0 para o Talleres e 2 a 1 contra o Lanús.
Na opinião do blogueiro Menon, o Inter encara o rival mais difícil da competição, mas não por méritos do time argentino, e sim pelos problemas no comando técnico.
O Inter tem o rival mais difícil, nem tanto pelas qualidades do Boca, mas por sua opção por Abel Braga, um treinador em franco declínio.
Palmeiras
O Palmeiras vivia bom momento com o técnico Abel Ferreira, mas conheceu a primeira derrota no último fim de semana: derrota no Brasileiro para o lanterna Goiás. Por conta de um surto de covid-19 no clube, na partida contra o Esmeraldino, a equipe somou mais de 20 desfalques, mas acredita que diante do Delfín poderá contar com atletas recuperados. O Alviverde teve a melhor campanha na fase de grupos da Libertadores e enfrenta um adversário mais frágil do que os demais brasileiros.
O adversário: Delfín (EQU)
No segundo turno do campeonato equatoriano, o Delfín é o 13º colocado, de 16 equipes, com 9 pontos em 9 jogos — são duas vitórias, três empates e quatro derrotas.
Na opinião do blogueiro Marcel Rizzo, apesar dos desfalques, o Palmeiras manterá o favoritismo sobre o time do Equador e tem tudo para chegar às quartas da competição.
Teoricamente se deu bem no sorteio, com um caminho mais tranquilo do que outros brasileiros mas terá agora a Covid para superar. Em condições normais era super favorito contra o Delfin, mas com tantos desfalques a ver como Abel Ferreira conseguirá manter o favoritismo.
Santos
Assim como o Palmeiras, o Peixe sofre com os desfalques por conta de um surto de covid-19. A equipe vem de derrota para o Athletico-PR, mas se mantém na parte de cima da tabela do Brasileiro — ocupa a 7ª posição com 34 pontos, apenas dois do G-4.
O adversário: LDU
O time equatoriano foi o líder do primeiro turno do campeonato nacional e no segundo turno, ocupa a 3ª posição, apenas um ponto atrás do líder Emelec. Pela Libertadores, venceu o River Plate por 3 a 0 e é um adversário complicado para o Alvinegro praiano.
Na opinião do blogueiro Danilo Lavieri, um empate para o Santos seria um ótimo resultado.
Instável no Brasileirão, a equipe de Cuca enfrenta a LDU e, pior, a altitude. Voltar para o Brasil com um empate é um ótimo resultado para o Santos.
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