"Ídolo mais reverenciado da história do futebol", diz Mauro sobre Maradona
Diego Armanda Maradona morreu na última quarta-feira (25), aos 60 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ele estava em sua casa, em Tigre, cidade vizinha de Buenos Aires. No "Fala, Maurão" desta semana, o colunista do UOL Esporte, Mauro Cezar Pereira reservou alguns minutos do quadro para prestar uma homenagem ao craque argentino que faleceu nesta semana e dizer que ele "é o ídolo mais reverenciado da história do futebol".
"In loco, assistindo ao jogo no estádio, há um lance que me lembro muito bem. Argentina x Uruguai, no Maracanã em 1989 (Copa América). Cobri esse jogo lá e vi o lance emblemático do Maradona do meio-campo chutando e a bola batendo no travessão", disse.
"Eu estava entre os poucos que puderam ver ao vivo e pude aplaudir Maradona. Poder acompanhar aquilo no estádio ao vivo ali foi um privilégio e uma lembrança que sempre vou carrega entre tantas outras de um dos maiores ídolos, ou melhor, o maior ídolo, o mais reverenciado certamente da história do futebol", completou.
O jornalista ainda lembrou um dos episódios mais marcantes da carreira de Maradona: a Copa do Mundo de 1990. Naquela competição, o craque argentino levou sua seleção à final da competição, mas durante o caminho eliminou o Brasil nas oitavas de final e na semifinal fez com que a torcida presente no estádio San Paolo, torcesse pela Argentina ao invés da Itália — já que o argentino era, e é, ídolo incondicional da torcida do Napoli, na cidade onde ocorreu a partida.
"Maradona mostrou suas qualidades inconfundíveis, sua força, sue poder, sua incrível capacidade de superação coletivamente no futebol, como na Copa de 90, quando a Argentina eliminou o Brasil e chegou à final do Mundial. Ele fez o impossível, a torcida de Napoli, que o reverenciava e reverencia até hoje, ficou do lado do Maradona, da seleção argentina e não a favor da Itália", afirmou.
Naquela Copa do Mundo, a seleção argentina foi derrotada na final por 1 a 0 para a Alemanha. Na opinião de Mauro, o pênalti que deu o título aos alemães foi 'muito esquisito' e fez com que os argentinos não ficassem com o título. No entanto, por todo Mundial que o camisa 10 fez, ele mostrou que era um jogador 'extraordinário'.
"A Argentina chegou na final e perdeu para a Alemanha com um pênalti muito esquisito. Por muito pouco ele não conduziu um time limitado da Argentina ao título Mundial mais uma vez, ali foi demonstração de como um jogado extraordinário com ele, era capaz de fazer a história tomar um novo rumo", concluiu.
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