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Flamengo corre para ter grupo inteiro após 25 jogos entre drama e lesões

Lateral chileno Mauricio Isla corre em volta do campo do Ninho do Urubu, CT do Flamengo - Alexandre Vidal/Flamengo
Lateral chileno Mauricio Isla corre em volta do campo do Ninho do Urubu, CT do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/11/2020 04h00

Assombrado por problemas de lesões e convocações recentes às Eliminatórias Sul-Americanas à Copa 2022, o Flamengo segue trabalhando de olho no jogo da próxima terça-feira (1), contra o Racing, às 21h30, no Maracanã, com os objetivos de seguir às quartas de final da Copa Libertadores e ter à disposição todos os seus principais jogadores.

A última vez que o elenco esteve reunido foi na vitória por 1 a 0 sobre o Santos, em 30 de agosto. De lá para cá, o Fla somou 25 jogos e sempre teve algum desfalque, quando não muitos.

Na Vila Belmiro, Isla fez sua estreia, e nomes como Diego Alves, Rodrigo Caio, Gabigol, Pedro e Filipe Luís estavam livres de lesões. A dupla formada por Everton Ribeiro e Arrascaeta também foi relacionada pelo então treinador Domènec Torrent.

A má notícia daquela tarde foi a lesão no ombro do goleiro, que ficaria afastado por um bom tempo, mas o pior estava por vir dias depois. Após a goleada de 5 a 0 sofrida para o Independiente del Valle (EQU), o Fla foi varrido por um surto de Covid-19 que atingiu jogadores, comissão técnica, diretoria e funcionários.

"O protocolo é seguro. Particularmente, acho que só tivemos isso porque fazemos testagens em massa e tomamos todos os cuidados. Ali não tinha muita alternativa, assumimos um risco e não tinha outra escolha [a de ficar no Equador entre o jogo conta o Del Valle e o Barcelona]. O futebol, apesar de tudo, tem dado exemplo", disse o médico Márcio Tannure.

Mesmo depois da "imunização em massa" do elenco, o Rubro-Negro encarou o fantasma de lesões que demoraram a ser curadas e a concorrência com as seleções sul-americanas. Passado este drama e a troca de Dome por Rogério Ceni, os rubro-negros esperam ter Rodrigo Caio, Pedro e Isla a tempo deles enfrentarem os argentinos. Há otimismo no clube para que o trio seja reforço.

"Não tenho menor dúvida que não só a Covid, mas outros fatores vem contribuindo para o número de lesões. Vale lembrar que o Flamengo é o time que mais jogou no ano, porque teve uma Recopa e uma Supercopa. É um ano completamente atípico. Dessas lesões, Rodrigo Caio, Pedro e Arrascaeta se lesionaram nas seleções", concluiu Tannure, que não cravou o retorno do zagueiro no jogo contra os argentinos.

O Fla ainda terá mais quatro dias para ajustes até o jogo de volta pelo torneio sul-americano. Hoje (28), o elenco se reapresenta e treina no Ninho do Urubu a partir das 10h.