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Médico de Maradona se defende de acusações: 'Não sou responsável por isso'

Do UOL*, em São Paulo

29/11/2020 14h23Atualizada em 29/11/2020 19h28

O Ministério Público de San Isidro, na Argentina, ordenou hoje uma operação de busca e apreensão na residência e no consultório particular de Leopoldo Luque, médico de Diego Armando Maradona no fim de sua vida. O craque argentino morreu no dia 25 de novembro, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

De acordo com informações do site 'La Nación', um inquérito apura a hipótese de homicídio culposo. Os policiais suspeitam de irregularidades na internação domiciliar de Maradona, que passou por uma delicada cirurgia na cabeça em 11 de outubro.

O médico particular de Maradona se defendeu das acusações de envolvimento na morte do craque. "Tudo que fiz foi a mais, não a menos", disse, em entrevista coletiva concedida no improviso, em casa.

"Estou muito mal porque meu amigo morreu. Disseram que eu não estava com ele, eu não posso acreditar nisso. (...) Eu não sou responsável por tudo isso", completou Luque. Durante a operação, foram apreendidos celulares e aparelhos eletrônicos.

"Como Luque era o médico de cabeceira de Maradona, decidiu-se fazer uma busca na casa e no consultório para procurar documentações que determinem se houve irregularidades na internação domiciliar", disseram fontes citadas pelo jornal La Nación.

Luque não estava com Maradona no momento de sua morte, mas fez uma chamada de emergência para pedir uma ambulância às 12h16 daquela quarta-feira.

Os últimos momentos de vida do craque

Enfermeiros da equipe responsável pelos cuidados de Diego Maradona contaram ao jornal argentino Clarín como foram os últimos momentos do ídolo. Um, que preferiu não se identificar ao jornal, disse que quando saiu, às 6h30, constatou que Maradona ainda estava com vida.

Outra profissional que substituiu o enfermeiro disse que ouviu barulhos vindos do quarto de Maradona por volta das 7h30, indicando que o ex-jogador estava vivo e se movimentando.

A autópsia identificou que Maradona morreu por volta do meio-dia, pouco antes de seu psicólogo, Carlos Díaz, e de sua psiquiatra, Agustina Cosachov, chegarem à casa dele e constarem que ele não os respondia, segundo o Clarín.

*Com informações da ANSA