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Atlético-MG tem trunfos e enfrenta Inter no pior momento dos gaúchos no BR

No primeiro turno o Colorado venceu o Galo por 1 a 0, no Beira-Rio - Pedro Souza/Atlético-MG
No primeiro turno o Colorado venceu o Galo por 1 a 0, no Beira-Rio Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

30/11/2020 04h00

O técnico Jorge Sampaoli voltou aos trabalhos no Atlético-MG no fim da semana passada, após cumprir isolamento social por causa da covid-19. Retornando às atividades, o argentino não dará refresco para os jogadores do Galo, que terão uma semana cheia para cumprir os preparativos para o duelo com o Internacional, no próximo domingo (6), às 18h15, no Mineirão, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Quando o Galo e o Colorado se encontraram na quinta rodada do primeiro turno, os gaúchos lideravam a competição enquanto os mineiros apareciam logo na sequência, em segundo. No entanto, mais de três meses depois, o cenário da disputa agora é outro, tanto do lado alvinegro quanto da parte porto-alegrense.

O time de Jorge Sampaoli hoje é o líder do Brasileirão com 42 pontos, cinco a mais do que o Inter tem atualmente na quarta colocação. E não foi só o primeiro lugar que o time do Rio Grande do Sul perdeu desde o encontro com os mineiros. De lá para cá, a equipe de Porto Alegre trocou de técnico — saiu Eduardo Coudet e entrou Abel Braga — e aí que as coisas começaram a desandar de vez no clube.

O Inter não vence no Campeonato Brasileiro há seis rodadas, o equivalente a 43 dias. A última vitória aconteceu em cima do Vasco, por 2 a 0, na 17ª rodada, ainda quando "Chacho Coudet" comandava a equipe. De lá para cá foram três derrotas — Corinthians, Santos, Fluminense — e três empates — Flamengo, Coritiba e Atlético-GO.

A má fase que se iniciou com o antigo treinador segue com o velho e conhecido "Abelão", e teve o fator complicador, ainda, com a eliminação na Copa do Brasil para o América-MG, time da Série B do Brasileiro.

E esse pode ser justamente o trunfo, mais um, do Atlético-MG para o importante duelo com o Inter. Além de jogar em casa, onde tem a melhor campanha do Brasileirão, e ter a semana inteira para recuperar seus jogadores, o Galo pegará um adversário muito pressionado por resultados e que virá de um jogo desgastante.

Na quarta-feira (2) o compromisso gaúcho será contra o Boca Juniors (ARG), na Bombonera, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Além do confronto, que por si só já é de uma extrema grandeza, os argentinos jogarão pela memória do maior astro do futebol local: Diego Armando Maradona, torcedor xeneize, que morreu na última semana vítima de parada cardiorrespiratória. Os acontecimentos póstumos pelo falecimento do eterno ídolo pararam a Argentina.

O Galo

Apesar da liderança, o Galo mostra irregularidade na competição e tenta recuperar sua melhor fase no torneio. A instabilidade atleticana começou na 14ª rodada, com a derrota para o Fortaleza por 2 a 1. De lá para cá, o time conseguiu emplacar no máximo duas vitórias consecutivas, diferentemente do que havia feito em setembro, quando empilhou vitórias — foram quatro, sobre Bragantino, Atlético-GO, Grêmio e Vasco.

É essa harmonia e constância que o Atlético-MG busca novamente, até para se precaver da forte arrancada do São Paulo, hoje o vice-líder com apenas um ponto atrás do Galo, mas dois jogos a menos (23 a 21).

"A gente sabe da importância do Sampaoli aqui, muito do que fazemos hoje é pelo que ele implantou para nós. Estamos felizes por não termos perdido a primeira colocação do campeonato [enquanto o treinador ficou fora tratando da covid-19], a gente sabe a dificuldade que foi. Vamos voltar fortes na sequência do Brasileiro e buscar nosso objetivo que é o título", disse o meia Hyoran.

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