Polêmicas extracampo geram problemas em momento decisivo no Atlético-MG
Semana livre para treinar visando ao jogo contra o Internacional, domingo (6), adversário com partida importante pela Libertadores e que vai gerar desgaste físico no meio da semana — joga contra o Boca Juniors (ARG), no Beira-Rio —, e atletas afastados por Covid-19 retornando às atividades. O cenário no Atlético-MG com todos esses fatores positivos rolando tinha tudo para ser o melhor possível antes do próximo compromisso em campo. Tinha, mas não é, por incrível que pareça.
Depois de superar as ausências de toda a comissão técnica e de uma dezena de jogadores em três jogos — Athletico-PR, Ceará e Botafogo —, e, mesmo com todos esses problemas, ter conseguido se manter na liderança do Campeonato Brasileiro, o Galo se tornou a sua própria fábrica de confusões.
Em um intervalo de 20 dias, o Atlético-MG se viu no meio de polêmicas envolvendo diretoria, comissão técnica e atletas por causa de festas com a presença de atleticanos no meio da pandemia da Covid-19. Depois do primeiro evento, o aniversário de 41 anos do gerente de futebol Gabriel Andreata — confraternização que "rachou" ainda mais a convivência entre o presidente Sérgio Sette Câmara e o técnico Jorge Sampaoli —, foram registradas mais duas situações consideradas como preocupantes nos bastidores alvinegros.
Na madrugada de ontem (30) o atacante Marrony e o meia colombiano Dylan Borrero foram flagrados em uma festa. A presença da dupla no local fez com que membros da maior organizada do Atlético-MG, a Galoucura, cobrassem com veemência os dois jogadores ainda na porta do local onde aconteceu o evento.
"Já peguei já, mano", disse Marrony, em uma resposta ao questionamento dos torcedores, e indicativo de que falava sobre o novo coronavírus.
"Já pegou, já? Você é doido? E o time? O time daquele naipe, irmão. Você está ficando doido? O time disputando o Brasileiro", questionaram os integrantes da organizada em conversa direta com Marrony.
"Você tá tirando? Você tá tirando nós. Tá achando que nós é otário? (sic)", disparou outro torcedor. "Tá achando que aqui é Colômbia? Aqui é Galoucura", falou o torcedor para o colombiano Dylan Borrero.
Também no fim de semana, o volante Allan e o atacante chileno Eduardo Vargas estiveram numa festa em um local fechado na região de Nova Lima, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. Aparentemente — por imagens de vídeo e fotos que vazaram —, os presentes na festividade não usavam máscaras.
"Esse assunto será resolvido internamente. Não cabe a mim julgar eles. Claro que estamos passando por um momento difícil, mas eles são maiores de idade e sabem das responsabilidades. Então, não cabe a mim tomar nenhuma decisão", contemporizou o lateral esquerdo Guilherme Arana, antes mesmo da notícia sobre Allan e Vargas se tornar pública.
"Independentemente do que aconteceu, a gente é uma família. Espero que eles aprendam, e o assunto vai ser resolvido internamente", completou Arana.
Os dois casos recentes de atletas na balada serão discutidos internamente no clube, que não dá detalhes e nem confirma punição aos envolvidos. O que se sabe é que esse tipo de confusão, mesmo que não confirmada por atletas e diretoria aos microfones e entrevistas, gera desgaste dentro do próprio grupo.
"A gente está mantendo o protocolo. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu na semana passada, mas o pessoal já está recuperado. Aconteceu com todos os clubes, infelizmente, acontece com milhões de pessoas. Estamos vivendo isso. A melhor forma de passar por isso é nos prevenir, tomar os devidos cuidados passados pelos médicos do clube. Se Deus quiser, isso vai passar logo e as coisas vão voltar ao normal", finalizou o lateral, recordando sobre o surto recente da Covid-19 no plantel e comissão técnica do Galo.
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