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Ceni vê queda injusta do Fla, mas admite "peso gigantesco" após tropeço

Rogério Ceni à frente do Flamengo contra o Racing, pela Libertadores - EFE/Bruna Prado POOL
Rogério Ceni à frente do Flamengo contra o Racing, pela Libertadores Imagem: EFE/Bruna Prado POOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/12/2020 00h36

Após o empate por 1 a 1 contra o Racing (derrota nos pênaltis), Rogério Ceni, técnico do Flamengo, falou sobre a performance do Flamengo e lamentou a eliminação. Para ele, a queda não expressou o que foi o jogo.

Em entrevista coletiva, o treinador não negou o baque, mas ressaltou o volume imposto pelo seu time no duelo contra os argentinos no Maracanã.

"O peso é gigantesco. A Libertadores tem um maior significado. Não há como mensurar prejuízo financeiro e de confiança. Temos de tentar seguir trabalhando firme para buscar o título que falta. O resultado final não expressa o que o time produziu. Se o resultado nos pênaltis tivesse sido diferente, seríamos tratados como heróis. Como não conseguimos, temos de dar explicações", disse.

O comandante justificou ainda as saídas de Everton Ribeiro e Arrascaeta, que deixaram o campo quando o time já jogava com 10 depois da expulsão de Rodrigo Caio. O rubro-negro disse que optou por manter homens abertos nos lados para agredir o rival:

"Reforçamos o meio (com João Gomes) abrindo o Vitinho e Bruno, com Pedro centralizado. Se fazia necessária a velocidade pelos lados, por mais qualidade que eles (Everton e Arrascaeta) tenham.

O meia Diego também expressou sua tristeza com o revés, mas negou que o Fla tenha deixado escapar o espírito campeão de 2019. Assim como Ceni, o camisa 10 também viu a eliminação como injusta.

"Estamos tristes e indignados pelo que fizemos nos dois jogos. Superamos dificuldades, criamos e falhamos. Poderia ter sido melhor. Na vida e no futebol, depende de como você encara situação. Não tem outra alternativa a não ser seguir em frente. Queremos buscar as próximas vitórias e o título que nos resta", acrescentou.

Eliminado da Copa do Brasil e fora da competição continental, os rubro-negros só têm o Brasileiro como tábua de salvação até o fim da temporada. O novo tropeço irá aumentar a temperatura na Gávea e a pressão por resultados irá crescer. Com o departamento de futebol em xeque, os próximos dias serão de turbulência e discussões sobre o futuro. Agora, a equipe junta os cacos para enfrentar no sábado (5) o Botafogo, às 17h, no Nilton Santos.