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"Maradona começou a usar cocaína em 1981", diz ex-amigo e colega de clube

Além de jogarem juntos, Carlos Fren e Maradona formaram parceria na comissão técnica do pequeno Mandyú - e posteriormente do Racing - nos anos 90 - El Grafico/Getty Images
Além de jogarem juntos, Carlos Fren e Maradona formaram parceria na comissão técnica do pequeno Mandyú - e posteriormente do Racing - nos anos 90 Imagem: El Grafico/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/12/2020 09h23

Carlos Fren, ex-companheiro de Maradona no Argentinos Juniors no fim dos anos 70, revelou que o argentino, morto na semana passada, entrou no mundo das drogas antes de se transferir ao futebol europeu.

Em entrevista ao site Infobae, Fren, que era um dos melhores amigos do ex-jogador em seu início de carreira, disse que Maradona já usava cocaína em 1981, quando atuava pelo Boca Juniors - um ano depois, ele foi contratado pelo Barcelona.

"Estou indignado de ver e ouvir muitos que dizem que o conheceram, quando mal o viram ou apenas fizeram alguma reportagem sobre ele. Eles me fazem rir quando dizem, por exemplo, que Maradona começou a usar cocaína na Espanha. Infelizmente tinha sido antes, quando jogava pelo Boca, em 1981. Lá ele entrou naquele mundo imundo que tanto perturbou a sua vida", disse.

Os caminhos de Fren e Maradona se afastaram durante as carreiras como atletas, mas se cruzaram novamente nos anos 90, quando os dois, já aposentados, atuaram juntos na comissão técnica do Mandyú e do Racing.

Naquela época, Maradona já não era o mesmo, e diante da "complexa" situação vivida fora de campo - com tentativas de ajudar Diego diante da dependência química -, Fren resolveu seguir carreira solo como treinador.

"Eu já queria sair para treinar sozinho, por isso me abri, mesmo sem ter emprego. E é claro que ter estado com Maradona ao meu lado me machucou, porque era muito difícil para mim conseguir um emprego", falou ele, que também brigou com Guillermo Coppola, ex-empresário do astro.

Por fim, Fren detalhou ao veículo o motivo de não ter ido ao velório do ex-amigo. "Eu não o vejo há muitos anos, eu fiz minha vida por outro lado. E fundamentalmente, porque quero lembrar de sua última imagem em um campo de futebol ou em seu aniversário. Não gostaria de ter a lembrança de vê-lo em um caixão. Resolvi guardar a memória de rir, viajar, treinar e um Diego que celebrava, andava bem e estava cheio de vida."