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Em alta no Flu, Calegari mantém sonho de seleção para Sul-Americano sub-20

Calegari voltou ao time e foi um dos destaques do Fluminense nos dois últimos jogos do Brasileirão - Mailson Santana/Fluminense FC
Calegari voltou ao time e foi um dos destaques do Fluminense nos dois últimos jogos do Brasileirão Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/12/2020 04h00

Abalado por um surto de Covid-19, o Fluminense precisou recorrer mais uma vez a Xerém, que costuma ser a solução dos problemas no clube. Volante de origem mas adaptado à posição, Calegari voltou ao time de Odair Hellmann com boas atuações e mantém um sonho: a convocação para o Sul-Americano sub-20, na Colômbia, em 2021.

Foi na base que o treinador encontrou um novo titular para a lateral-direita, após a saída de Gilberto para o Benfica. O jovem de 18 anos, naturalmente, teve oscilações, mas de volta ao time após dez jogos fora, teve duas grandes atuações contra Internacional e Red Bull Bragantino -- eleito o melhor da posição na rodada do Campeonato Brasileiro --, e espera ter chamado a atenção de André Jardine, técnico da seleção brasileira sub-20.

"Tenho essa esperança. É um sonho de todo jogador representar o seu país, já que também significa muito na carreira de um atleta. Mas sei também que isso tudo é consequência do que eu apresentar no Fluminense e isso só me motiva ainda mais para seguir treinando forte e me dedicando ao máximo nos treinamentos e jogos. O meu pensamento é sempre dar o melhor para o Fluminense e se tiver a oportunidade de defender o Brasil, estarei pronto", declarou ao UOL Esporte.

Calegari, inclusive, foi uma das vítimas da pandemia no Flu, que foi contrário desde o início ao retorno do futebol e agora vê seu elenco dilacerado pelos desfalques no Brasileirão.

"Foi um momento difícil. Precisei ficar sem treinar alguns dias até me recuperar. Na volta, a confiança acabou não sendo a mesma, até em razão da inatividade, mas procurei evoluir dia a dia e me dedicar mais ainda. Agora, consegui recuperar a parte física e também a mental, que é muito importante, e pude voltar a jogar e apresentar um bom desempenho dentro de campo", disse.

O tempo sem entrar em campo também aconteceu logo quando o Tricolor teve sua melhor sequência na temporada. Do banco de reservas, assistiu o time ficar invicta por oito jogos depois de uma traumática eliminação na Copa do Brasil para o Atlético-GO. Ainda assim, manteve a disputa sadia e a amizade com Igor Julião, que ganhou a vaga na posição.

"Tenho uma ótima relação com ele e todo o grupo. Sempre estamos trocando ideias e procurando um ajudar o outro. Estamos sempre conversando sobre futebol e temos um elenco de muita qualidade, que se ajuda bastante dentro e fora de campo. Fiquei um bom tempo sem jogar e acaba batendo aquela ansiedade de voltar a atuar logo. Mas procurei entender cada momento e sempre treinei firme, com muita dedicação, para ter o melhor desempenho possível quando a oportunidade voltasse a aparecer com a camisa do Fluminense", afirmou.

Por ser originalmente jogador de meio de campo, Calegari também se prontificou a ajudar o Flu como volante, onde a equipe perdeu um de seus destaques na temporada: Dodi, que não joga mais pelo Tricolor após as negociações por sua renovação terminarem sem acordo.

"Dodi é um grande jogador e também muito querido por todos no grupo. Foi uma notícia triste, mas temos que pensar no que vem pela frente. Temos um grupo de jogadores com capacidade de suprir os obstáculos e focados nos nossos objetivos Não tenho preferência e estou pronto para atuar tanto de lateral, como de volante. Sempre darei o meu melhor pelo clube e pelo time. São lugares do campo que conheço bem desde as categorias de base e me sinto confortável. Mas hoje estou na lateral-direita e focado em fazer uma grande reta final de temporada".

Para isso, não falta qualificação. Calegari é o líder no Flu no Brasileirão em desarmes e disputas no chão a cada 90 minutos. Apesar de revezar na posição, mostrou argumentos defensivos entre os melhores da competição em 2020.

"Desde que eu atuava como volante, já tinha esses números altos de desarmes. Procurei manter isso quando passei a atuar na lateral e sigo buscando evoluir em outros aspectos da posição para crescer ainda mais", finalizou.

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