"Brasileiro é obrigação": lema dos tempos de vacas magras pressiona o Fla
Eram tempos duros para o torcedor do Flamengo: times medianos, títulos quase que restritos ao âmbito doméstico e uma seca que já durava 16 anos no Campeonato Brasileiro. Saturados após a eliminação da Libertadores de 2008, um grupo de torcedores de uma organizada confeccionou uma faixa com os dizeres de um lema que voltou à tona após nova frustração: "O Brasileiro é obrigação".
Eliminado do torneio continental pelo Racing (ARG), na última terça-feira (1) e também fora da Copa do Brasil, o elenco milionário do Fla vê, agora, a principal competição nacional como a tábua de salvação de uma temporada que se anunciava gloriosa, mas que ganha contornos dramáticos. Após ver o sonho do tri da América escorrer pelos dedos, um grupo de torcedores foi até o portão 2 do Maracanã e deu o recado:
"O Brasileiro virou obrigação".
A faixa andava sumida das arquibancadas, mas deu novamente o ar da graça na vitória sobre o Coritiba. Ainda sob o impacto da desclassificação da Copa do Brasil, a torcida voltou a estender a faixa, mas não imaginava que o pior estava por vir.
"O peso é gigantesco. A Libertadores tem um maior significado. Não há como mensurar prejuízo financeiro e de confiança. Temos de tentar seguir trabalhando firme para buscar o título que falta. O resultado final não expressa o que o time produziu. Se o resultado nos pênaltis tivesse sido diferente, seríamos tratados como heróis. Como não conseguimos, temos de dar explicações", disse o técnico Rogério Ceni.
O descontentamento da arquibancada é o mesmo de elenco e dirigentes, mas o grupo terá de conviver com uma cobrança não vista há tempos na Gávea. Se fracassar na defesa do último título, o ano, que inclui taças da Supercopa, da Recopa e do Carioca, será considerado um verdadeiro fracasso ante os investimentos feitos.
O fim ao sonho do tricampeonato sul-americano expõe as feridas no clube e aumentam as divergências. O ambiente é dos mais pesados e o trabalho da cúpula de futebol é alvo de questionamentos por parte de muitos cardeais da Gávea.
Com apenas uma frente, o Rubro-Negro terá de administrar os estragos causados por duas quedas traumáticas. Agora, a equipe junta os cacos para enfrentar o Botafogo, hoje (5), às 17h, no Nilton Santos, para tentar manter acesa a chama do ano passado. A ordem é voltar a vencer e afastar as lembranças que nenhum rubro-negro sente saudade.
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