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Pressionado, Vasco busca "paz" e tenta passar confiança a Sá Pinto

Ricardo Sá Pinto comandou seu primeiro treinamento no comando do Vasco da Gama hoje (19) - Rafael Ribeiro / Vasco
Ricardo Sá Pinto comandou seu primeiro treinamento no comando do Vasco da Gama hoje (19) Imagem: Rafael Ribeiro / Vasco

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

05/12/2020 04h00

Em meio à crise, o departamento de futebol do Vasco indica buscar tranquilidade. Mesmo diante da pressão por conta dos maus resultados do time, a cúpula, inicialmente, tenta passar confiança ao técnico português Sá Pinto e ao elenco, em uma aposta que a situação possa mudar na luta para sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

No atual cenário, a diretoria ainda não pensa em concretizar uma troca no comando da equipe, com a demissão de Sá Pinto. Porém, o trabalho do treinador vem sendo avaliado e há correntes no clube que apoiam a saída.

A goleada sofrida para o Ceará, na última segunda-feira (30), e a derrota para o Defensa y Justicia, da Argentina, em São Januário, que culminou na eliminação na Copa Sul-Americana, foram significativas gotas em um copo cruz-maltino que parece prestes a transbordar. E se internamente ainda entende-se que há possibilidade de recuperação, fora dos muros a torcida demonstrou já ter perdido a paciência.

A ideia, agora, é tentar blindar o elenco e "levar paz", elemento que, segundo uma pessoa ouvida pelo UOL Esporte, seria essencial para que "os resultados possam ser colhidos".

Para isso, um trabalho interno também terá de ser feito. De pedido por "vergonha na cara" feito por Andrey, após derrota para o Ceará, ao destempero de Sá Pinto depois do revés diante dos argentinos, a delegação dá indício de estar no "limite físico e psicológico", como apontou o capitão Leandro Castan.

Vale ressaltar que o presidente Alexandre Campello justificou a demissão de Ramon Menezes afirmando que a mudança foi realizada "antes que a vaca fosse para o brejo".

"Qual seria o momento de fazer a troca? Quando entrar na zona do rebaixamento? Quando a vaca for para o brejo?", indagou, em participação no programa Pop Bola.

"Após as últimas dez partidas, a partir do jogo contra o Santos, disputamos 30 pontos. Só conseguimos nove. Isso significa 30% de aproveitamento. É o rendimento de quem está em penúltimo no Brasileiro. E aí, pergunto: era o momento? Estou esperando há seis jogos, venho de duas goleadas. No jogo contra o Botafogo [pela Copa do Brasil], não demos um chute a gol. Jogamos essas partidas contra clubes que estão abaixo na tabela", completou, à época.

Soma-se a essa conjuntura, um bastidor para lá de quente e uma transição de poder prejudicada pelo fato de ainda não se saber quem é o novo presidente — o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), vai julgar a eleição do dia 7 de novembro no próximo dia 17.

A confusão tem reflexos no futebol, com importantes pautas ficando de lado, como no caso da compra dos direitos do meia Benítez, que tem vínculo com o Independiente, da Argentina.

Amanhã (6), às 16h, o Vasco enfrenta o embalado Grêmio, em Porto Alegre, pela 24ª rodada do Brasileirão.

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