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Único a vencer o Grêmio 3 vezes se inspira em Tite e sonha alto na Série D

Rafael Lacerda, 36 anos, comanda o Caxias na Série D do Campeonato Brasileiro - Luiz Erbes/Divulgação/Caxias
Rafael Lacerda, 36 anos, comanda o Caxias na Série D do Campeonato Brasileiro Imagem: Luiz Erbes/Divulgação/Caxias

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

05/12/2020 04h00

O Caxias é, até o momento, o único time que venceu o Grêmio três vezes nesta temporada. Apesar das vitórias, os comandados por Rafael Lacerda não ficaram com o título do Campeonato Gaúcho pelo saldo de gols. O treinador de 36 anos usa o Estadual como experiência e sonha alto na disputa da reta final da Série D do Campeonato Brasileiro.

"O Caxias tem toda a estrutura para estar na Série B do Brasileirão. Vamos trabalhar para chegar lá, mas a gente tem condições", conta Lacerda.

O Caxias joga com o Mirassol no mata-mata do Campeonato Brasileiro da quarta divisão. A final do Gauchão, logo depois da volta do futebol e ainda durante a pandemia, serve de lição.

"Ficou evidente para todo mundo que a gente estava sem ritmo, e o Grêmio com ritmo de jogo. Na Arena, fizemos um grande jogo. Não vou afirmar que seria diferente se fosse em situação normal, não posso falar isso? O Grêmio é um grande time, com um grande treinador, mas sei que nossa chance aumentaria", comenta Lacerda.

No dia a dia, o ex-jogador usa uma regra simples para melhorar o ambiente do trabalho.

"Tento não repetir as coisas erradas que vi quando era jogador. Tento criar um clima de tranquilidade, um ambiente positivo. Escuto muito Tite, Mano Menezes falarem que eles seguem aprendendo. Mesmo com tudo que eles ganharam, estão sempre aprendendo. Aqui no Caxias eu estou começando a minha carreira e já conquistei título [do primeiro turno do Gauchão] e considero muito importante", cita.

Na Série D, o Caxias teve altos e baixos e avançou até o mata-mata. Mas a experiência mais impactante foi logo na retomada das longas viagens.

"Logo que a gente começou na Série D, confesso, me assustei. Fomos viajar a São Caetano e havia um protocolo todo rígido no Gauchão. A gente viajava em dois ônibus. Aí na viagem a São Paulo fomos em um avião lotado, cheio de gente. E sem ar-condicionado. A logística é bem difícil na Série D, mas dessa vez foi diferente pela pandemia", relembra.