Polícia liberta jogadores que estavam em cárcere privado; Flu acolhe jovens
A Polícia Civil do Rio de Janeiro fez uma operação nesta terça-feira (8), em Duque de Caxias, para libertar 13 jogadores de futebol que eram mantidos em cárcere privado por um estelionatário. O Fluminense abrigará os jovens em Xerém, casa de suas divisões de base.
Primeiro, os 13 passarão por exames de covid-19, e, depois, serão integrados às divisões de base para realizar um período de testes, mantendo vivo o sonho de serem jogadores profissionais. O UOL Esporte confirmou informações da reportagem da TV Globo.
O golpista Jorge Valnei dos Santos prospectou jovens de diversos estados do país, cobrando R$ 500 das famílias para custear a vinda ao Rio de Janeiro.
No sítio onde foi preso em flagrante por policiais da 61ª DP, (Xerém), Santos mantinha os jovens trancados e sem nenhuma interação com pessoas de fora. Nem ele nem o local atendiam às legislações vigentes para um clube de futebol. No único campo que lá havia, os jogadores eram treinados com a promessa de que seriam alocados em outros times pelo país. Não havia estrutura mínima para a moradia e treinamento dos jovens atletas.
"Esta atitude do Fluminense é nobre e de suma importância para garantir os direitos destes jovens, evitando novos constrangimentos. Aqui no CT da base do Fluminense vão ter uma estrutura de alto nível e a ajuda para se recuperarem de algo, que nem eles mesmo sabem a gravidade que estavam vivendo", explicou Sabrina Torres, conselheira tutelar, do 4º Conselho Tutelar de Duque de Caxias, ao site oficial do Fluminense.
Com o CT Vale das Laranjeiras bem próximo ao local da operação, o Flu se ofereceu para acolher os meninos e entrará em contato com as famílias para acertar os trâmites burocráticos da permanência dos atletas, que são menores de idade, nas instalações do clube. Tudo deve ser resolvido até o fim desta semana, e os jovens devem seguir em Xerém pelo menos até janeiro de 2021.
"Há alguns dias fomos informados pelas autoridades competentes de que a operação policial iria acontecer e fomos procurados, pois os meninos ficariam sem um lugar apropriado para ir, de acordo com o Conselho Tutelar. Coloquei toda a equipe de Xerém à disposição das autoridades para que a gente pudesse receber essas crianças no nosso alojamento. Ficamos felizes em poder contribuir com estas crianças e seus familiares, o Fluminense tem uma responsabilidade social enorme e, com o belíssimo trabalho que fazemos no nosso CT em Xerém, não poderíamos fazer nada de diferente a não ser acolher e ajudar estes meninos no que eles necessitarem", disse o presidente Mario Bittencourt.
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