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Filipe Luís vê trauma no Fla após saída de Jesus e elogia Ceni: "Completo"

Lateral-esquerdo Filipe Luis durante treinamento do Flamengo - Alexandre Vidal / Flamengo
Lateral-esquerdo Filipe Luis durante treinamento do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/12/2020 15h57

O lateral-esquerdo Filipe Luís falou que a saída de Jorge Jesus do Flamengo foi traumática para todos no clube. Ele disse que a ruptura do trabalho trouxe dificuldades naturais e eximiu Domènec Torrent de culpa.

"A etapa do Jorge acabou a partir do momento em que ele decidiu voltar para Portugal. Era um gestor de grupos, um amigo, um pai. A saída foi traumática para todo o clube. Não importa o técnico que viesse, poderia ser Mourinho, o Simeone. Qualquer um que viesse teria uma resistência grande. O Dome fez parte de um processo de reestruturação, precisamos nos reinventar. Não adianta, não existem dois treinadores iguais", disse ele.

O jogador ressaltou o trabalho que vem sendo feito por Rogério Ceni. O atleta não poupou elogios ao novo comandante e vê o Fla no caminho certo para arrancar pelo título do Brasileiro.

"O time vem num a evolução grande. São ideias diferentes, modelos de jogo diferentes, o time vem crescendo, há uma solidez maior. O Ceni é completo, trabalha todos os aspectos. Trabalha absurdamente tudo, mas isso exige um tempo. Exige muito diálogo, mas a gente vai entendendo cada vez mais a ideia para ser um time com a cara do Ceni", analisou.

Filipe disse entender a pressão da torcida do Fla por títulos, especialmente depois das eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores. Ele disse que sabia desde que chegou que o nível de exigência dos rubro-negros é alto e projetou conquistas:

"A partir do momento que eu estava na Espanha, eu sabia perfeitamente que é uma torcida muito exigente, eu sabia para onde estava vindo e essa exigência me motiva. Ninguém gosta de protestos, xingamentos. A alegria de muita gente vem da gente, a gente sabe dessa responsabilidade. O protesto é saudável e faz com que a gente não relaxe, você pode ver dentro de campo a gente não relaxa. Queremos que a torcida que protesta seja a que comemore o título".

Com tempo livre para trabalhar, o Rubro-negro se prepara para encarar no domingo (13) o Santos, às 16h, no Maracanã.